A quarentena determinada pelo poder público para conter o avanço do coronavírus (COVID-19) tem afetado a vida e a rotinas dos fluminenses. Mas são os empresários do setor do comércio de bens e serviços, que geram mais de 1,7 milhão de empregos formais, os mais impactados com a medida.
Levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio RJ (IFec RJ) com 723 comerciantes do estado mostrou que a quarentena já afeta os negócios. De acordo com o estudo, cerca de 30,8% dos empresários suportariam manter os seus empreendimentos fechados por 30 dias. Outros 19,8% por apenas 15 dias e 17,4% por somente uma semana. No próximo dia 16 de abril, a quarentena poderá completar 30 dias, ou seja, 68% dos negócios podem simplesmente quebrar, caso não tenham algum tipo de ajuda do governo. Apenas 10,8% das empresas conseguiriam manter os negócios por 60 dias e 4,3% por mais de 60 dias.
A pesquisa também revelou que, de forma geral, os itens que exercem maior peso no custo total da empresa são: folha de pagamento (24,5%); aluguel (24,1%); fornecedores (22,8%); energia elétrica e água (13,6%), financiamentos, impostos e taxas (11,9%); e telefone (3,2%).
Quando perguntados sobre quanto tempo acham que a quarentena irá durar, 23,9% dos entrevistados responderam por um (1) mês, outros 22,4% previram durar mais dois (2) meses e 20,7% por três (3) meses. Já 14,5% acreditam que levará mais de três meses e 12,9% apenas um (1) mês e meio.
Quando perguntados sobre que tipo de quarentena seria viável, 65,1% dos empresários se mostraram a favor de uma quarentena parcial, contra 24,1% dos que acreditam que todos os estabelecimentos devem ser fechados, já outros 10,8% consideram que nenhum estabelecimento deve fechar as suas portas.