Complexidade tributária é uma das causas da baixa competitividade brasileira -

Complexidade tributária é uma das causas da baixa competitividade brasileira

Realizar uma simplificação tributária que diminua a burocracia e as diferenças de alíquotas dos impostos entre entes federativos é fundamental para melhorar a competitividade brasileira, com relação aos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

FecomercioSP

Realizar uma simplificação tributária que diminua a burocracia e as diferenças de alíquotas dos impostos entre entes federativos é fundamental para melhorar a competitividade brasileira, com relação aos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A afirmação é do economista André Sacconato, assessor técnico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), durante reunião do Conselho de Assuntos Tributários (CAT) da Federação, ocorrida na última quarta-feira (19).

De acordo com o relatório anual Doing Business 2020, apurado pelo Banco Mundial, o Brasil ocupa a 124ª posição entre 190 países, na oferta de ambiente de negócios favorável ao empreendedorismo. A pior classificação fica por conta do quesito “burocracia do sistema tributário”.

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O contribuinte brasileiro leva, em média, 1.501 horas por ano para apurar os impostos, enquanto a média dos países da OCDE é de 158,8 horas anuais. O ICMS é o tributo que mais toma tempo das empresas, com 885 horas anuais.

Segundo Sacconato, diversos fatores dificultam o empreendedorismo no Brasil, mas o sistema tributário extremamente complexo e burocrático impacta sobremaneira as empresas. “No índice que mede a qualidade tributária em cada país, com notas que vão de zero a 100, o Brasil registra 7,8 pontos. Estamos muito longe da média das nações da OCDE, que contabiliza 86,7 pontos”, afirma.

Diante deste cenário, Sacconato defende que o País realize mudanças no sistema tributário nacional, buscando a simplificação e a desburocratização. “Simplificar o sistema, principalmente o ICMS, o maior vilão das horas roubadas por ano aos empresários, é fundamental para melhorarmos a posição do Brasil no relatório Doing Business”, pondera.


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