Claudio Milan [email protected]
Há pouco mais de um mês a Amazon abriu as portas daquela que tem sido anunciada na grande mídia como a primeira loja física do maior varejo digital do planeta. A Amazon Style é especializada em vestuário e, a bem da verdade, não é exatamente a primeira iniciativa do grupo no mundo real. Antes, já haviam surgido a Amazon Go e a Amazon Fresh, pontos varejistas com outro formato do setor alimentício. Mas o que importa neste movimento é a tendência que ele ratifica.
O chamado Novo Varejo – não o nosso, mas o setor varejista do futuro próximo – está diretamente conectado ao ambiente corporativo ‘fígital’, neologismo que descreve a atividade comercial sem fronteiras entre os negócios digitais e físicos. Hoje, o mercado de reposição de autopeças é abastecido tanto pelas lojas que conhecemos há décadas quanto por sites e marketplaces de comércio eletrônico.
Mas o futuro não é representado nem por uma e nem por outra tendência. O futuro expande ao quase infinito o conceito de multicanalidade. E fica a pergunta: será que marketplaces como o Mercado Livre ou a própria Amazon em algum momento abrirão lojas físicas no Brasil, inclusive de autopeças? Não é de hoje que o ML dispõe de postos para a retirada das compras pelo consumidor.
Em recente evento da TOTVS de que participamos para a divulgação de um novíssimo estudo – que você encontra na edição 365 do Novo Varejo Digital – ouvimos dos executivos da gigante tecnológica que já existem varejos que trabalham com até 11 diferentes canais físicos e digitais de vendas simultaneamente como se fossem um só. Este sim é o futuro do varejo. Assusta?
A pesquisa da TOTVS trata da digitalização no setor e tem conexão direta com a nossa reportagem de capa que, por sua vez, aborda a mão dupla que caracteriza a interdependência hoje entre as lojas físicas e digitais. As transformações disruptivas do setor varejista – que, ainda que demorem um pouco, fatalmente chegarão às autopeças – têm sido tratadas com ênfase total por esta publicação edição após edição. A razão é simples: além da histórica obsessão pelo novo que está em nosso nome e em nosso DNA, temos plena consciência de que o setor automotivo, da linha de montagem dos veículos ao último parafuso apertado nas oficinas mecânicas, começa a experimentar a maior e mais impactante revolução desde 1886, quando o próprio automóvel movido por motores a combustão interna foi inventado na Alemanha. Motores estes, aliás, que já tiveram a morte decretada no primeiro mundo – só falta executar a pena – e que serão substituídos gradativamente pela propulsão elétrica – e tome desafio.
Portanto, você vai encontrar neste Novo Varejo – agora sim, o nosso – mais uma imersão no futuro que já se aproxima. Nossa missão como veículo de informação é contribuir com sua preparação para as profundas transformações que já estão em curso. Seu grau de sintonia com o novo será cada vez mais determinante para os resultados de sua empresa.
