Demanda do consumidor por crédito tem a terceira queda mensal seguida -

Demanda do consumidor por crédito tem a terceira queda mensal seguida

Dados da Boa Vista apontam que no mês de junho a procura recuou 1,9%. No ano, a demanda ainda registra alta de 8,5%

Diário do Consumidor

A demanda do consumidor por crédito registrou a terceira queda consecutiva na comparação mensal, de acordo com dados da Boa Vista. No mês de junho, o recuo foi de 1,9% sobre maio. No segundo trimestre a retração em comparação ao primeiro trimestre foi de 7,2%.

Já na comparação com junho de 2021 foi verificado um aumento de 1,6%. Ainda assim, no acumulado do ano a demanda por crédito vem perdendo força. Entre janeiro e junho o indicador registra alta de 8,5% sobre igual período do ano passado. No acumulado entre janeiro e maio, a alta era de 9,9%.

Em 12 meses, o crescimento passou de 10,1% para 9,1%, sempre na comparação com igual período de 2021.

POR SEGMENTO

Em junho, os segmentos Financeiro e Não Financeiro caminharam na mesma direção, sendo que o primeiro caiu 2,4% e o segundo 1,6%.

Já na comparação interanual os movimentos foram distintos. Enquanto no segmento Financeiro foi observada alta de 13,3% – ainda assim, insuficiente para frear a desaceleração do crescimento na curva de longo prazo, que passou de 18,5% para 17,4% -, no segmento Não Financeiro o indicador recuou 6,2% e no acumulado em 12 meses o crescimento passou de 4,4% para 3,6%.

“O crédito ainda é muito forte e deverá encerrar o ano em alta, mas essa tendência [de desaceleração] deve ser mantida ao longo do próximo semestre. O custo do crédito é elevado e essa é a principal razão que justifica essa expectativa de desaceleração, não apenas do crédito, como também, da economia”, explica Flavio Calife, economista da Boa Vista.

Esse custo, por sinal, tende a continuar subindo, não só porque o custo de captação deve acompanhar a Selic, a expectativa é de que a taxa aumente em 0,5 ponto percentual, para 13,75%, na reunião do Copom agendada para os dias 2 e 3 de agosto, como também, pela elevação do spread, acompanhado uma tendência de alta que tem sido projetada nas taxas de inadimplência do consumidor.


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