Brasil Econômico
Em agosto, quatro em cada dez brasileiros adultos (39,41%) estavam negativados em agosto de 2022 – o equivalente a 63,71 milhões de pessoas, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O montante é 10,13% maior com relação ao mesmo período do último ano. Na passagem de julho para agosto, o número de devedores cresceu 0,78%. O crescimento se concentrou no número de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (34,90%).
No mês, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.630,64 na soma de todas as dívidas. Considerando os atrasos, cada inadimplente devia, em média, para 1,94 empresas credoras.
Quase quatro em cada dez consumidores (34,41%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 49,24% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.
O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que a melhora de alguns índices do país e a aproximação do período de contratações de trabalhadores temporários para o final do ano podem trazer um cenário mais positivo.
Enquanto o número de endividados cresceu 10% de 2021 para 2022, o total do endividamento disparou 19,2% no mesmo período. Na passagem de julho para agosto, o número de dívidas apresentou alta de 1,72%.
Dentre os credores, disparou o montante de débitos com bancos (33,98%), seguido por Água e Luz (10,00%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (‐10,48%) e Comércio (‐2,12%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.
Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 60,50% do total. Na sequência, aparece Comércio (13,13%), o setor de Água e Luz com 10,60% e Comunicação com 8,72% do total de dívidas.
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, alerta para importância de os consumidores buscarem o máximo de informações a respeito das linhas de crédito oferecidas pelos bancos antes da contratação de um empréstimo.