Em um mercado extremamente competitivo, empresas que não exploram ao máximo o potencial da IA estão deixando de gerar vendas. De acordo com estudo da Central do Varejo, 47% dos varejistas brasileiros já utilizam IA em 2024. Nos e-commerces de varejistas, em particular, a tecnologia vai além de recomendações básicas de produtos e pode ser aplicada em toda a jornada do cliente, independente do setor de varejo que a empresa atua. Grandes varejistas como Carrefour, Zara e Walmart já possuem núcleos especializados em IA, e novos aplicativos e plataformas surgiram como alternativas terceirizadas para atuar em suas lojas virtuais.
Com a IA, é possível adaptar automaticamente a exibição de conteúdo na página inicial, personalizar os descontos e até modificar o design do site com base no perfil de cada usuário. Isso cria uma experiência de compra individualizada, elevando as chances de conversão e aumentando o engajamento dos consumidores. De acordo com uma pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen em 2023, empresas que utilizam recursos de inteligência artificial (IA) possuem, em média, um crescimento de 15% em suas vendas e de 10% na satisfação do cliente. No segmento de e-commerce, o estudo aponta que 75% das companhias já usam algum tipo de inteligência artificial para traçar o perfil do consumidor, criar anúncios direcionados a diferentes públicos e promover experiências personalizadas.
Uma tendência no mercado e-commerce de grandes empresas é a implementação de ferramentas terceirizadas em seus marketplaces. A Nexmuv, empresa de tecnologia especializada em produtos digitais, começou a implementação da GISA, startup com foco no impulsionamento de vendas no e-commerce e redes de varejo. O aplicativo já foi implementado no e-commerce da marca de roupas SideWalk e, por meio da IA, cria planos de ação para aumentar as vendas, reduzir os cancelamentos das compras, otimizar os custos e elevar a margem de lucros das lojas virtuais.
Para Carlos Perobelli, CEO da Nexmuv, produtos digitais B2B focados em e-commerces de varejistas terão grande ascensão nos próximos anos. “É muito vantajoso para os varejistas. Em poucos segundos, o aplicativo fornece informações estratégicas com base nos concorrentes e cria planos de marketing para reduzir estoque e ampliar a base de clientes, além de disparar e-mails a gestores de e-commerce e varejo”, diz o executivo.
A demanda de produtos como a Gisa retrata uma grande dor do mercado. Embora a grande maioria das empresas queiram implementar um bom sistema de IA, a criação de núcleos específicos demanda profissionais especializados e um investimento muito bem direcionado. “Não é qualquer um que pode programar um bom sistema de IA. Dependendo do setor de atuação da empresa, a ferramenta deve ser aplicada de forma certeira, específica. Por meio do núcleo IA da Nexmuv desenvolvemos a Gisa para detectar exatamente o que é necessário para a gestão das lojas. Assim, proporcionamos um serviço que permite que o varejista tenha menos preocupações com sua própria área de IA”, diz Perobelli.
Aplicativos que oferecem IA com focos específicos não só potencializam a eficiência e a personalização, mas também oferecem um diferencial competitivo significativo. À medida que os varejistas reconhecem a importância de investir em IA, a tendência é que ferramentas como a GISA se tornem fundamentais para transformar a gestão de vendas e o atendimento ao cliente, garantindo maior rentabilidade e inovação no setor. “É o futuro, não há como fugir. A IA veio para transformar modelos de negócios – inclusive substituir muitos empregos. Na área do comércio, particularmente, a ferramenta é perfeita para a otimização dos processos, é uma evolução inevitável”, conclui o executivo.