Situação financeira das pequenas indústrias piora no 4º trimestre -

Situação financeira das pequenas indústrias piora no 4º trimestre

Juros e carga tributária lideraram lista dos principais problemas. Em janeiro, confiança dos pequenos empresários caiu para o menor nível desde junho de 2020

O índice que mede a situação financeira das indústrias de pequeno porte caiu de 42,8 para 42 pontos na passagem do 3º para o 4º trimestre, revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta segunda-feira (3). De acordo com o Panorama da Pequena Indústria (PPI), a percepção dos empresários sobre as finanças das empresas piorou. O indicador considera, entre outras coisas, a avaliação dos entrevistados sobre margem de lucro operacional e facilidade de acesso ao crédito.

Já o índice de desempenho das indústrias de pequeno porte passou de 47,5 pontos, no 3º trimestre, para 46,8 pontos no 4º trimestre. Apesar da queda, a CNI considera o resultado positivo, visto que está acima da média histórica, de 44 pontos, e da marca registrada no 4º trimestre de 2023, de 45,9 pontos.

A CNI calcula o desempenho da pequena indústria a partir de uma ponderação entre volume de produção, número de empregados e utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual. Quanto maior o índice, melhor o desempenho das empresas.

Juros e carga tributária lideram lista dos principais problemas

A alta taxa de juros foi o problema que mais cresceu na avaliação dos empresários das pequenas indústrias da construção. No 3º trimestre, os juros altos figuravam na terceira posição do ranking das principais preocupações, apontado por 24,2% das empresas. Esse percentual saltou para 34,7%, no 4º trimestre, levando o problema para a primeira posição da lista. Agora, na segunda colocação, aparece a elevada carga tributária, apontada por 33,9% dos industriais. Em seguida, a competição desleal, apontada por 23,7%.

No caso das pequenas indústrias de transformação, os empresários apontaram como maiores entraves a elevada carga tributária (39,9%), a falta ou alto custo de trabalhador qualificado (26,9%) e a falta ou alto custo da matéria-prima (23%). Entre essas empresas, o problema que mais cresceu na passagem do 3º para o 4º trimestre foi a taxa de câmbio, que passou de 7,7% para 19,6% de indústrias afetadas.

ICEI cai para menor nível em mais de quatro anos e meio e perspectivas se mantêm

Em janeiro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) das pequenas indústrias caiu 2,8 pontos em relação a dezembro. Trata-se da quarta queda consecutiva do indicador que, desde setembro, acumula recuo de 5,2 pontos. Com isso, o ICEI dessas empresas chegou a 46,8 pontos, menor patamar desde junho de 2020.

Segundo a CNI, o índice de perspectivas das indústrias de pequeno porte, que captura as expectativas dessas empresas para os próximos seis meses, ficou praticamente estável no primeiro mês do ano: + 0,1 ponto frente a dezembro, chegando aos 48,2 pontos. Esse valor sugere certa moderação do otimismo, porque está relativamente próximo da média histórica, de 46,9 pontos.


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