Em 2024, estabilidade no mercado de reposição contribuiu para aumento no faturamento das autopeças -

Em 2024, estabilidade no mercado de reposição contribuiu para aumento no faturamento das autopeças

Resultado apresentado na reposição foi de 13,6% – com as vendas para linha leve somando 16,7% e para a linha pesada, 1,4%

O faturamento nominal da indústria de autopeças, e por conseguinte o faturamento real, foi impulsionado por diversos fatores em 2024: i) desempenho bastante positivo da produção automotiva, que acusou crescimento de 9,7% em relação ao ano anterior; ii) progressiva melhora do mercado de trabalho, que encerrou o ano com cerca de 1,7 milhão de novos postos formais de trabalho, taxa de desemprego em 6,2% e aumento do rendimento real em 12,0%; iii) oferta de crédito abundante, a despeito do aumento da taxa básica de juros a partir de setembro; iv) suave queda da inadimplência de pessoas físicas e jurídicas e; v) estabilidade no mercado de reposição. As exportações representaram o fator negativo. Para montadoras, houve recuou de 1,3% das exportações de veículos e para a indústria de autopeças, de 12,9% das vendas ao exterior.

A receita nominal apresentou incremento de 13,3% e, em termos reais, de 9,9% frente ao ano anterior. Por canal de distribuição, observa-se que o valor nominal obtido nas relações com montadoras atingiu crescimento de 15,7%. Por sua vez, o resultado apresentado na reposição foi de 13,6% – com as vendas para linha leve somando 16,7% e para a linha pesada, 1,4%. Em movimento oposto, as exportações apresentaram retração nominal de 1,4% e real de 4,4%, o que confirma a percepção de um movimento de retração ao longo do ano – e não somente de forma pontual – por causa da retração econômica na Argentina.

 Por conta de fatores sazonais, como férias coletivas, paralisações técnicas e menor número de dias úteis, as vendas da indústria de autopeças recuaram fortemente na passagem de novembro para dezembro. A retração do faturamento superou 24%, tanto em termos nominais como real.

Dada à influência da sazonalidade, a utilização da capacidade recuou para 71% (havia sido de 75% no mês anterior), o que em alguma medida está associado ao desempenho mais fraco na relação com OEMs e no aftermarket. O emprego exibiu leve recuo de 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior e avanço de 2,2% no ano.

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