O setor de Serviços terminou o primeiro trimestre com mais de 114 mil postos de trabalho criados. O resultado foi influenciado, principalmente, pelas atividades administrativas e os serviços complementares, que gerou 23.999 novas oportunidades de trabalho. Educação (27.362); transporte, armazenagem e correio (15.841); saúde humana e serviços sociais (13.826); e atividades profissionais, científicas e técnicas (10.057), também contribuíram.
Movimentação do Emprego Celetista nos Serviços do Estado de São Paulo
1º Trimestre de 2025

Fonte: novo Caged
Elaboração: FecomercioSP
Contudo, o último mês do período foi marcado por uma moderação no ritmo de crescimento, com a geração de 20.301 novos postos de trabalho. O resultado ficou abaixo da média mensal observada em janeiro e fevereiro (46.928).
Os segmentos que mais influenciaram esses números foram os de educação (2.529); atividades administrativas e serviços complementares (-946); e alojamento e alimentação (-1.855), que sofreram perda de dinamismo — ou até mesmo saldos negativos em março — após boas performances nos meses anteriores.
Movimentação do Emprego Celetista nos Serviços do Estado de São Paulo
Março 2025

Fonte: novo Caged
Elaboração: FecomercioSP
De acordo com a FecomercioSP, a reversão nas atividades administrativas, tradicionalmente sensíveis ao ciclo econômico, pode indicar ajustes de custo ou precauções diante das dúvidas macroeconômicas. Por outro lado, setores como saúde, informação e comunicação e, especialmente, transporte, armazenagem e correio ganharam tração em março, indicando a continuidade das tendências estruturais (como demanda logística, digitalização e serviços essenciais) e ajudando a compensar a perda de fôlego em áreas mais cíclicas.
Saldo do Emprego Celetista nos Serviços do Estado de São Paulo
Série histórica (13 meses)

Fonte: novo Caged
Elaboração: FecomercioSP
No caso dos Serviços, a FecomercioSP também avalia que, para os próximos meses, será importante acompanhar se a desaceleração observada em março é um ponto fora da curva — influenciada por sazonalidades —, ou o início de um movimento mais estrutural de acomodação e desaceleração do mercado de trabalho formal.
Serviços em São Paulo
Na capital, o mercado de trabalho terminou os três primeiros meses do ano com 32.204 vagas, resultado de 506.815 admissões e 474.611 desligamentos. Apesar disso, houve forte desaceleração em março, quando o setor gerou apenas 3.024 novos postos. A FecomercioSP aponta que setores que vinham puxando o crescimento, como educação e serviços administrativos, apresentaram saldos negativos, indicando possível reversão ou ajuste de contratações após o início do ano.
Por outro lado, saúde, transporte e serviços profissionais mantiveram expansão, mesmo que em menor intensidade, sendo os principais responsáveis por evitar um saldo ainda menor. Segmentos como artes e cultura também apresentaram dinamismo, sugerindo continuidade da retomada presencial de eventos. A capital paulista mostra um perfil de retração mais acentuada do que o Estado, reforçando a necessidade de atenção com os setores mais sensíveis a oscilações de demanda e custos operacionais.










