Novo estudo da Roland Berger, encomendado pela CLEPA (Associação Europeia de Fornecedores Automotivos), destaca que os fornecedores automotivos europeus enfrentam desvantagem de custos de 15% a 35%, impulsionada por altos custos de energia e mão de obra, encargos regulatórios e estruturas fragmentadas. Enquanto isso, países como China e Estados Unidos combinam medidas de apoio industrial com mecanismos de proteção, criando desvantagens estruturais e concorrência desleal.
De acordo com o estudo, sem uma ação urgente da UE até 23% do valor agregado europeu está em risco até 2030, devido ao efeito combinado da transição de powertrain e da transferência de valor para fora da União. Na prática, a Europa pode perder até 350 mil empregos, corroendo tanto a base de emprego quanto as contribuições sociais mais amplas da indústria.
“A Europa está em uma batalha decisiva por sua soberania industrial”, afirmou Benjamin Krieger, Secretário-Geral da CLEPA. “Os fornecedores estão comprometidos em investir e inovar, mas não conseguem fazê-lo em um campo de jogo desigual. Manter um ecossistema automotivo competitivo e resiliente na EU exigirá ação urgente, orientada pelo mercado, por parte da indústria, além de medidas políticas direcionadas para fortalecer a atratividade da Europa como local para manufatura, P&D e investimento. Isso inclui enfrentar fatores-chave de localização, como preços de eletricidade e encargos regulatórios, além de considerar políticas para garantir conteúdo local europeu nos veículos, a fim de reter o know-how e a capacidade de produção.”
Os fornecedores, que empregam 1,7 milhão de pessoas na Europa e investem €30 bilhões anuais em P&D, pedem aos formuladores de políticas que:
•Tratem rapidamente os desafios de competitividade, avaliando opções para reduzir custos estruturais e cortar burocracia.
• Priorizem a abertura tecnológica na descarbonização, por meio de uma revisão ágil da regulação sobre padrões de CO₂ para carros, vans e caminhões.
• Iniciem diálogo sobre medidas que ajudem a manter a manufatura local, os investimentos em P&D e o know-how crítico na região, proteger o conteúdo local nos veículos da UE e garantir capacidades europeias em componentes-chave, não apenas em baterias, semicondutores e software.










