Após o faturamento retrair 10,3% em 2020, quando contabilizou R$ 3,35 bilhões como reflexo dos impactos econômicos e paralisações das operações nas indústrias automobilísticas em função da pandemia da COVID-19, o segmento de filtros automotivos iniciou uma trajetória de recuperação e alcançou R$ 3,8 bilhões em 2021, num crescimento de 13,35%, segundo estimativas do Panorama Setorial 2022, estudo elaborado pela 1ª Edição Setorial a pedido da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais. O segmento de filtros automotivos compreendefiltros do óleo, do ar do motor, combustível, de cabine (ar-condicionado) e filtro separador da água e do combustível nos motores a diesel.
Para 2022 a previsão é de expansão, mas em um ritmo menos acelerado de 2,69%. “O segmento de filtros automotivos foi estimulado pelo mercado de reposição em 2021, mais aquecido que o setor de veículos novos, que sofreu com as paralisações nas fábricas devido à crise global de semicondutores”, afirma João Moura, presidente da Abrafiltros. A frota circulante do Brasil, uma das maiores do mundo com 46,2 milhões de veículos em 2020, segundo o Sindipeças, e a elevada idade média da frota dos automóveis de 10,2 anos, também ajudam a movimentar o segmento de peças de reposição.
O Panorama Setorial 2022 mostra ainda que apesar do faturamento do setor de filtração automotiva ter registrado resultado positivo no ano passado, o montante alcançado em 2010, R$ 5,7 bilhões, não foi mais recuperado devido à redução da produção da indústria automobilística.
Desafios da indústria de filtros automotivos – O estudo também aponta alguns desafios do setor, como o desenvolvimento de filtros menores, mas com vazão e capacidade de armazenamento de resíduos suficientes e com baixa manutenção, para atender motores cada vez mais compactos e turboalimentados.
A intensificação das leis ambientais e da regulamentação das políticas de logística reversa pós-consumo também traz mudanças, novos materiais com elevada eficiência e inovações nos designs, devendo resultar na continuidade das alterações para os próximos anos.
Outro ponto que deve afetar o setor gradativamente será a velocidade da adoção dos carros elétricos, que resultará num menor volume de filtros em médio e longo prazos, uma vez que especialistas concordam que essa mudança deve ocorrer num ritmo mais lento em relação a Europa, pelas características do País que deve manter por muito tempo, uma matriz híbrida pelas questões econômicas e de infraestrutura regionais.
Os demais resultados do Panorama Setorial 2022, estão disponíveis na íntegra somente para associados Abrafiltros. Interessados podem manifestar interesse através do email [email protected].
