Acessos no e-commerce sofrem baixa de 15% em fevereiro -

Acessos no e-commerce sofrem baixa de 15% em fevereiro

Esse é o pior resultado do ano e uma das retrações mais fortes dos últimos meses, segundo o relatório Setores do E-commerce, da Conversion.

E-commerce Brasil

Em queda desde o fim de 2022, o tráfego das plataformas de e-commerce caiu quase 15% em fevereiro — pior resultado do ano e uma das retrações mais fortes dos últimos meses, segundo o relatório Setores do E-commerce, da Conversion. Trata-se, portanto, do quarto mês seguido de queda em acessos.

O desempenho negativo foi puxado pelos acessos via dispositivos web, que caíram 17,3% entre janeiro e fevereiro, e também pelo carnaval — uma data tipicamente fraca para o varejo digital. A queda foi tão forte que, de maneira inédita, nenhum setor cresceu nesse intervalo de tempo. Ao contrário, os resultados comemorados foram entre aqueles que caíram menos, casos de Comidas e Bebidas (-3,6%), Pet (-7%) e Importados (-7,3%).

Entre as diminuições mais expressivas estão as dos setores de Turismo (-26,5%), Cosméticos (-22,1%) e Esportes (-17,8%). O setor de marketplaces acompanhou o resultado geral, caindo 15% em fevereiro. Por conta disso, ele retorna à casa dos milhões (908) de acessos após quatro meses registrando desempenhos acima de 1 bilhão de visitantes.

Gigantes do e-commerce sentiram o impacto de acessos

O mesmo fenômeno impactou os acessos das principais plataformas do e-commerce brasileiro. O Mercado Livre, principal player do país, perdeu 10% do seu tráfego ao longo do mês. A Amazon Brasil, segunda mais visitada, dissecou ainda mais: -14%. A Shopee caiu 11% e a Magalu, 15%.

O resultado mais impactante, porém, foi para a Americanas. Isso porque a empresa saiu do top 5 das plataformas mais acessadas, deixando a quinta posição para a chinesa AliExpress, com 72 milhões de visitas. O marketplace brasileiro fechou o mês de fevereiro com 69 milhões de acessos. Para Diego Ivo, CEO da Conversion, os dados são reflexos do momento econômico do país, juros altos e, por consequência, desaceleração do consumo.

Outra avaliação do executivo relaciona os impactos das compras de Natal, que muitas pessoas seguem pagando nos primeiros meses do ano seguinte. “Não era uma queda esperada, mas ela demonstra como as pessoas estão se comportando em relação ao consumo de bens não essenciais”, explica.

Acessos via celular

Em Fevereiro, +75% dos acessos a e-commerce foram feitos a partir de celulares. Trata-se de uma tendência cada vez mais forte, especialmente com a expansão da internet rápida e móvel para todos os brasileiros.

Por outro lado, cerca de 25% dos acessos a sites de e-commerce continuam sendo feitos por desktops. Tablets têm baixa participação e são agrupados nos dados de celular/mobile.


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