Ameaça x Oportunidade -

Ameaça x Oportunidade

Nesses tempos de grande choque econômico e estrutural, nos acostumamos a ser confrontados por alguns discursos que tratam das oportunidades que se escondem por trás dos véus das grandes crises e terminam por se apresentar como momentos raros para a construção de estratégias inovadoras, primorosas, arrebatadoras até.
Nesses tempos de grande choque econômico e estrutural, nos acostumamos a ser confrontados por alguns discursos que tratam das oportunidades que se escondem por trás dos véus das grandes crises e terminam por se apresentar como momentos raros para a construção de estratégias inovadoras, primorosas, arrebatadoras até.

Nesses tempos de grande choque econômico e estrutural, nos acostumamos a ser confrontados por alguns discursos que tratam das oportunidades que se escondem por trás dos véus das grandes crises e terminam por se apresentar como momentos raros para a construção de estratégias inovadoras, primorosas, arrebatadoras até.

De fato, a história construiu diversas dessas referências e uma pequena pesquisa pode te colocar diante de muitos desses casos em que o comportamento positivo foi o pressuposto para a transformação do estado caótico que havia à volta, nos 360o do envolvimento de atividades e empreendimentos.

O que deve ser ponderado antecipadamente é que o ambiente competitivo sofre uma profunda depressão nesses momentos em que as correntes físicas e emocionais conduzem todos a um grande abismo, a uma comoção desesperadora, a uma malemolência inercial, a uma indisposição paralisante.

Quase todos se retiram, se retraem em seus casulos, refugiam-se em suas desgraças e lamentos, terminando por abandonar o verdadeiro abrigo, o genuíno refúgio, a legítima acolhida. Mas onde é esse lugar? Em uma nova consciência, acima de pensamentos apressados e contaminados, separado e purificado de más notícias – fuja dessas –, liberta das elucubrações pessimistas características das nossas mentes, desprendida de emocionalismos viciados de nossos corações corrompidos.

Somente uma nova consciência pode fazer resgatar desse temor emocional aterrorizante e transportar para um ambiente positivo, proativo, criativo, produtivo, que não chora, mas vende lenços, como diz a velha máxima, que nunca se cansa de se validar entre os ciclos das crises econômicas.

Nessas, verdadeiramente, muitos receberam os lenços vendidos pelos que desistiram de chorar para trabalhar, inventar, desenvolver, recriar, soltos nas arenas vazias, prontos para servir quando todos clamavam ser servidos, preparados para reposicionar seus negócios segundo os mandamentos de um mercado em contínua transformação.

Sabemos que especialmente nesses dias vivemos desertos nunca antes imaginados, que inclusive tratam sobretudo de um resguardo de saúde, de vidas humanas, mas é justamente por isso e por essas vidas que a melhor e mais inteligente atitude deve ser sempre a ação, a batalha pela manutenção da atividade econômica e social, ainda que, claro, respeitando-se absolutamente a exigida abstenção de contatos sociais, mas não para nos fazer inertes, sonolentos, entorpecidos, aprisionados emocionalmente.

Tudo isso vai passar, choraremos mortes, mas não podemos entregar todas as vidas requeridas pelo desespero emocional que se dissemina em maior contágio do que qualquer vírus, estabelecendo uma pandemia psíquica ainda mais danosa do que a gerada pelas contaminações físicas.

Há o que ser feito pelo seu país, há o que ser feito pela sua cidade, há o que ser feito pela sua comunidade, há o que ser feito pelo seu trabalho, pelo seu negócio, há o que ser feito pela sua família, pelos seus filhos, pelos seus pais, há o que ser feito por você, modificar a raiz desse pensamento pessimista arraigado nos corações tomados pelo pavor da morte.

A vida está na mão contrária desses abrigos fictícios, está no trabalho, na dedicação pelo outro, na solidariedade, na atitude criativa, proveitosa, convincente.

E que exemplos simples poderiam ficar aqui para os diferentes segmentos de negócios da cadeia de manutenção automotiva.

Um reparador ofereceu por sua própria decisão a higienização completa dos automóveis dos seus clientes, sem nenhum custo, apenas como forma de contribuir de uma maneira que simbolizasse sua preocupação com a preservação da saúde dos seus consumidores.

Um varejista, atendendo de portas baixadas, percebeu que deveria fazer entregas de suas encomendas presenteando seus clientes com materiais básicos de higienização, com uma mensagem otimista sobre os dias vindouros.

Um distribuidor convocou seus clientes para informar que as suas demandas urgentes seriam analisadas individualmente, considerando histórico de relacionamento e possibilidade de apoio em diversas medidas.

Uma indústria reuniu sua rede distribuidora para ouvir reivindicações e buscar soluções verdadeiramente conjuntas, parceiras, que contemplassem uma visão de longo prazo, assertiva, abrangente.

Logicamente essas são apenas ilustrações simplistas de comportamentos ideais, mas que nascem de onde deve nascer todas as outras, da premissa da cooperação, do compartilhamento, da colaboração, do trabalho. Esses são os novos mandamentos dos dias que temos pela frente no universo das relações empresariais. Quem seguir isso, seguirá. Quem não seguir… 

Portanto, há verdades imperiosas desde o cansado clichê das oportunidades geradas desde as ameaças.

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