Anfavea posiciona Brasil como possível referência dos motores a combustão -

Anfavea posiciona Brasil como possível referência dos motores a combustão

Na COP 27, presidente da Associação apresentou a indústria brasileira como um polo de motores a combustão pronto para suprir mercados em que as principais montadoras instaladas deixem de produzir estes propulsores.

Lucas Torres [email protected]

As discussões em torno da eletrificação da frota não engajaram apenas aqueles que enxergam nesta mudança dos motores uma solução irrefutável para a mobilidade menos poluente. Pelo contrário, elas representam oportunidades para que agentes tradicionais e emergentes dos defensores dos modelos a combustão possam se posicionar em um palco global. No painel “Iniciativas da Indústria para uma Economia de Baixo Carbono”, apresentado na COP 27 em 16 de novembro, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, apresentou a indústria brasileira como um polo de motores a combustão pronto para suprir mercados em que as principais montadoras instaladas deixem de produzir estes propulsores.

Alguns dos argumentos utilizados pela Anfavea neste posicionamento foram: a capacidade instalada da indústria de automóveis brasileira e a sua ociosidade; as diferentes tecnologias para motores a combustão mais limpos utilizadas no país, tais como a do etanol, as híbridas e as que usam biocombustíveis; e o fato de o Brasil ocupar uma posição blindada no que diz respeito a desastres naturais e conflitos geopolíticos. Em discussões com a comitiva que o acompanhou, o presidente da Anfavea chegou a dizer que a entidade espera que o Brasil consiga se colocar como uma espécie de ‘último pai dos motores a combustão’, suprindo os gargalos que serão deixados por montadoras que concretizem a produção deste modal antes do fim de sua demanda.


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