Atividade econômica cresce no Norte e Centro-Oeste -

Atividade econômica cresce no Norte e Centro-Oeste

De acordo com relatório do Banco Central, desempenho positivo, deve-se à produção de grãos e desempenho do comércio. As demais regiões – Sul, Sudeste e Nordeste – tiverem contração da atividade.

Agência Brasil

Mesmo em meio à pandemia de covid-19, que provocou a redução da atividade econômica em todo o país, as regiões Norte e Centro-Oeste registraram desempenho positivo, em especial por causa da produção de grãos e desempenho do comércio. As demais regiões – Sul, Sudeste e Nordeste – tiverem contração da atividade. A análise desse cenário foi divulgada hoje (4) pelo Banco Central por meio do boletim regional.

De acordo com a publicação, ainda que o processo econômico – de queda intensa na atividade no segundo trimestre de 2020, com recuperação a partir do segundo trimestre do ano passado – tenha caracterizado todas as regiões, os resultados são heterogêneos sobre os setores e as regiões do país.

“Os programas governamentais de recomposição de renda favoreceram o setor de bens, enquanto as atividades de serviços, sobretudo as mais diretamente afetadas pelo distanciamento social, enfrentaram maior redução da demanda, com desempenho relativamente mais positivo apenas no último trimestre do ano. Essa desigualdade setorial, aliada às especificidades das estruturas produtivas e do alcance das medidas governamentais, determinou os distintos resultados regionais”, diz o BC no estudo.

O Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte apresentou crescimento de 0,4% em 2020. De acordo com o BC, a economia do Norte foi especialmente estimulada pelo desempenho do comércio – cujos resultados foram superiores aos das demais regiões –, decorrente em parte do aumento da renda das famílias, favorecido pela concessão do auxílio emergencial, que atingiu 57% dos domicílios da região em novembro.

Além disso, a agricultura, com alta de 5,2% na produção de grãos, e a construção civil, que totalizou geração de 9,3 mil vagas de emprego formal, impulsionaram o resultado. A indústria apresentou comportamento diverso entre os ramos: a extrativa teve modesta expansão, enquanto a de transformação foi bastante afetada pela crise sanitária.

Já o Centro-Oeste teve alta de 0,2% na atividade econômica devido a sua estrutura produtiva, de atividades agrícolas que não sofreram restrição ao funcionamento, combinada à safra recorde de grãos e às cotações das commodities, em especial de soja e carnes, que impulsionaram as vendas externas. A produção agrícola registrou elevação nas colheitas dos três principais grãos (soja, milho e algodão) e houve crescimento na fabricação de alimentos. Além disso, o crescimento na região também foi favorecido pelas altas no varejo e nos serviços de transporte.


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