Aumento da taxa Selic pesa no bolso do consumidor e afeta comércio -

Aumento da taxa Selic pesa no bolso do consumidor e afeta comércio

“Os juros ficarão mais altos e o tempo para pagar o financiamento, menor. Além disso, também haverá retração na concessão de crédito por parte dos bancos””, explicou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na noite desta quarta-feira (dia 16) a elevação da taxa básica de juros de 10,75% para 11,75% ao ano. Isso significa que cada vez mais consumidores sentirão no bolso no momento em que eles forem às compras. Itens com valores mais elevados como, por exemplo, produtos da linha branca, eletrônicos, móveis, veículos e imóveis ficarão menos acessíveis para grande parcela da população brasileira. E, se a inflação refletida nos preços já era vilã para o consumo, agora também o financiamento se tornará algo pouco atrativo para o comprador.

“Os juros ficarão mais altos e o tempo para pagar o financiamento, menor”, explicou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). “Além disso, também haverá retração na concessão de crédito por parte dos bancos”, emendou.

A piora das condições de crédito e a menor disponibilidade de financiamento no mercado, somada a uma taxa maior do desemprego e queda no poder aquisitivo das famílias, dificultarão ainda mais a aquisição de produtos como geladeira, fogão, máquina de lavar, TVs, computadores, celulares, carros e imóveis.

Apesar de tudo isso, a decisão do Copom de elevar a Selic em um ponto percentual está dentro das expectativas da maioria dos analistas de mercado e até diminui a intensidade das elevações anteriores.

 “Isso tudo também é consequência da alta dos preços do petróleo e de vários insumos, como consequência da Guerra da Ucrânia”, disse o economista da ACSP. “Infelizmente, a atividade econômica continua mostrando sinais de desaceleração no Brasil”, complementou.


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