Dia do Balconista de Autopeças e algumas contradições -

Dia do Balconista de Autopeças e algumas contradições

No dia 26, o mercado inteiro se une em homenagem ao balconista de autopeças.
balconista de autopeças
Crédito: Shutterstock

O mês de novembro é marcado por uma data muito especial no calendário do aftermarket automotivo brasileiro. No dia 26, o mercado inteiro se une em homenagem ao balconista de autopeças.

Foi em 2001 que nós, do Novo Varejo Automotivo, decidimos criar uma ação especifica para valorizar estes profissionais tão importantes no processo de comercialização dos componentes automotivos. Eles são o ponto de encontro entre os clientes e as lojas. Assim nasceu naquele ano, nas páginas desta publicação, o Dia do Balconista de Autopeças.

Com o tempo, o mercado foi aderindo à causa e diferentes empresas passaram a direcionar ações ao balconista de autopeças num dia de festa. Mas ainda queríamos mais. Em contato com o então vereador Celso Jatene, e apoia – dos pelo Sincopeças/SP, sugerimos um projeto para incluir a data no calendário oficial do município de São Paulo. E, em 2010, o Dia do Balconista de Autopeças foi oficializado, por força de lei, na maior cidade do país. Muitas coisas aconteceram e outras tantas mudaram nestes 23 anos transcorridos desde que propusemos a justa homenagem. Porém, uma urgência continua exatamente a mesma mais de duas décadas depois: a importância dos cursos e treinamentos para o aprimoramento do balconista. No recente Seminário da Reposição Automotiva, muito foi dito sobre a carência de mão de obra enfrentada pelos gestores das lojas de componentes automotivos. Isso nos leva a constatar algumas interessantes contradições de nosso mercado. Há, e não é de hoje, certa insatisfação com a oferta de cursos para os profissionais de atendimento e vendas. Por outro lado, quem oferece tais aprimoramentos por vezes acaba igualmente insatisfeito com a baixa adesão aos cursos. Quando as duas pontas irão se comunicar adequadamente para acertar esse fluxo? Como motivar os profissionais a dedicarem um tempo à própria formação? São perguntas oportunas que o mercado precisa encontrar uma forma de responder melhor. Nos últimos dois ou três anos dedicamos bastante espaço em nossas páginas a inciativas importantíssimas como a norma ABNT para os vendedores de peças e acessórios e a certificação IQA para estes profissionais. Muito esforço foi feito por lideranças e entidades do mercado para que estes dois produtos estivessem finalmente à disposição dos profissionais. Infelizmente, a adesão tem sido baixa. Tudo bem que nada acontece do dia para a noite, mas por que esperar para aderir a dispositivos tão solidamente chancelados em favor da evolução profissional em nossa cadeia de negócios? O problema existe e a solução está à mão. Eis aí outra contradição. Muitos empresários temem que investir na formação de seus balconistas estimule o turnover, na medida em que o profissional mais preparado pode ser assediado pela concorrência ou, até, abrir seu próprio negócio.

Só que é impossível acompanhar as exigências de uma sociedade cada vez mais conectada sem preparar as equipes de atendi – mento a um mercado tomado pela tecnologia. Ainda existem varejos presos a esta contradição. O caminho para sanar as dúvidas e incertezas é a informação. É isso que oferecemos a você, leitor. O Novo Varejo Automotivo tem ciência de sua responsabilidade a cada conteúdo produzido e publicado. Investimos sempre no jornalismo sério e independente. Sem contradições.

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