Brasil ocupa 17ª posição entre os países mais preparados para o carro autônomo -

Brasil ocupa 17ª posição entre os países mais preparados para o carro autônomo

Primeiro levantamento realizado globalmente reúne 20 países e avalia questões como aceitação e infraestrutura

Montadoras, sistemistas, desenvolvedores de softwares e hardwares, indústrias de eletrônicos, universidades e inúmeros outros setores da economia e da sociedade vêm trabalhando com dedicação no desenvolvimento do carro autônomo. Em países do primeiro mundo, já há veículos em teste nas ruas.

Ainda que o carro 100% autônomo não seja, neste momento, uma realidade para o consumidor final, não são poucos os modelos que oferecem recursos que já substituem a ação do motorista em situações específicas. Entre os mais conhecidos estão o Park Assist e o sistema de frenagem autônoma.

Se a chegada destes automóveis é mera questão de tempo, como estariam preparados hoje os principais mercados globais para recebê-los? Para responder a esta pergunta, a KPMG elaborou o primeiro índice de prontidão para o uso de veículos autônomos (Autonomous Vehicles Readiness Index – AVRI). O estudo avaliou as condições estruturais de 20 países para a introdução dos carros autonômos e investigou as principais iniciativas para acelerar essa tecnologia.

De acordo com o estudo da KPMG, a Holanda ocupa a posição mais alta no ranking, com pontos fortes que incluem a ampla aceitação dos carros elétricos e alta densidade de pontos de carregamento para esse tipo de veículo, uma rede de telecomunicações robusta e testes de estrada já planejados em grande escala. Cingapura e os Estados Unidos são outros países que estão na liderança do índice.

 

Tema ainda é pouco discutido no país

Quatro pilares determinam a formação do índice. Nestes, o Brasil teve o melhor desempenho no quesito aceitação do consumidor (14°), seguido por tecnologia e inovação (18°), infraestrutura (19°) e política e legislação (20°).

Por sua vez, os quatro atributos são compostos por variáveis que refletem a gama de fatores que impacta a prontidão de um país para o uso de veículos autônomos, incluindo a disponibilidade de pontos de carregamento de veículos elétricos, as atividades de pesquisa e desenvolvimento, a disposição da população para adotar tecnologias e o ambiente regulatório.

“Em termos de regulação, ainda não observamos discussões sobre o tema no Brasil, entretanto, o novo programa automotivo do governo, o ‘Rota 2030’, poderá incluir alguns tópicos relacionados a veículos autônomos. Atualmente, as principais discussões estão ocorrendo em fóruns e eventos relacionados aos setores automotivo e de telecomunicações. Ainda não há um planejamento específico do governo em torno da introdução do veículo autônomo no mercado brasileiro”, analisa o sócio da área de infraestrutura da KPMG no Brasil, Mauricio Endo.


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