BYD negocia parceria ou compra da produtora de lítio Sigma -

BYD negocia parceria ou compra da produtora de lítio Sigma

Acordo de venda da Sigma pode sair até fevereiro

Uma das maiores fabricantes globais de veículos elétricos está negociando um possível acordo de fornecimento de materiais, formação de uma joint venture ou aquisição da maior produtora de lítio no País. À imprensa britânica, o presidente da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, disse que ocorreram discussões sobre diferentes vertentes entre a empresa chinesa e a Sigma Lithium.

O dirigente não revelou mais pontos das negociações, mas chegou a afirmar aos jornalistas que se encontrou com a CEO da Sigma, Ana Cabral-Gardner, em São Paulo, no mês passado. Embora a produtora de lítio prefira não se manifestar sobre o assunto, a BYD confirmou, em nota, que houve, de fato, uma reunião entre a direção da companhia e a presidente-executiva no período, “mas um acordo de confidencialidade entre as partes não permite a divulgação de detalhes”.

Avaliada em cerca de US$ 2,9 bilhões, a Sigma é proprietária do complexo industrial Grota do Cirilo, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Na planta, a empresa extrai e beneficia lítio de alta pureza e vende-o juntamente com rejeitos ultrafinos, obtidos de processos sustentáveis. A matéria-prima é essencial na fabricação de baterias para automóveis elétricos, o que pode explicar o forte interesse da BYD na companhia, já que a montadora garantia insumos para seus veículos.

Na corrida global dos carros elétricos, a BYD, inclusive, liderou as vendas no último trimestre do ano passado, impulsionada, principalmente, por sua ampla gama de modelos mais baratos na China. A fabricante chinesa vendeu 526,4 mil veículos no período, enquanto a segunda colocada, a americana Tesla, do bilionário empresário Elon Musk, comercializou 484,5 mil unidades. 

Outro grande salto foi dado pela montadora em 2023 com o anúncio de construção de três unidades no Brasil: uma para produção de chassis de ônibus e caminhões elétricos, outra para veículos de passeio elétricos e híbridos e uma última para o processamento de lítio e ferro-fosfato para baterias. A empresa assumiu o complexo industrial que era da Ford, em Camaçari, na Bahia, e pretende aproveitar parte da antiga estrutura. O investimento total previsto é de R$ 3 bilhões.


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