Carro elétrico responderá por 32% das vendas de veículos no mundo em 2030 -

Carro elétrico responderá por 32% das vendas de veículos no mundo em 2030

Eletrificação da frota tem imenso impacto para Aftermarket Automotivo. Número de partes móveis cai de 20 mil para apenas 20

Claudio Milan

claudio@novomeio.com.

Em 1830 Robert Anderson inventou o primeiro carro elétrico. Mas, como sabemos, o veículo movido por motores a combustão acabou se tornando preponderante – as baterias eram ineficientes e a energia escassa.

Com o tempo, no entanto, a tecnologia evoluiu muito – é verdade que demorou… “Em 2012 a Tesla lançou o modelo S com enorme sucesso. E em 2021 já temos o Renault ZOE rodando e respondendo por 50% das vendas de elétricos na Europa” contou Gerson Prado em sua apresentação no Seminário da Reposição Automotiva 2021.

Essa evolução foi resultado da invenção e viabilização comercial da bateria de lítio. “O custo por kW/hora das baterias caiu de 1.000 dólares em 2010 para 100 em 2021. Além disso, existe grande pressão global pelo veículo não poluente”, acrescentou Prado.

Somados estes fatores à autonomia que já supera os 300 a 400 quilômetros por carga e aos incentivos governamentais pelo mundo, o cenário está desenhado para a expansão sem volta do carro elétrico. “Ele vai realmente tomar todas as diretrizes de todas as montadoras. Em 2030, o carro elétrico representará 32% de todas as vendas de veículos no mundo. A China puxa hoje 49% de todos os desenvolvimentos de veículos elétricos no mundo”.

De acordo com os números da Nexus apresentados por Gerson Prado, a capacidade instalada hoje de geração de energia elétrica é suficiente para a expansão dos carros elétricos – considerando também as energias renováveis, como a eólica.

Com isso, o desenvolvimento de novos motores a combustão interna vem sendo gradativamente encerrado pelas montadoras. “Esses motores serão banidos. Tudo o que as montadoras estão desenvolvendo agora é para o motor do carro elétrico”, disse Gerson.

E para todo o trade do Aftermarket Automotivo a disruptura será imensa. Um exemplo da revolução é a drástica redução do número total de partes móveis: de acordo com a apresentação da Nexus, enquanto um carro movido por motor a combustão reúne o total de 20 mil partes móveis, no caso do elétrico o número desaba para apenas 20 destes componentes. “Hoje 40% do custo está na bateria, mas esse custo vai cair nos próximos anos”, lembrou Gerson Prado.


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