Exame
Serviço criado por locadoras passou a ser oferecido diretamente por fabricantes de veículos – ao menos sete têm opções no País. Entre as vantagens, o cliente não se preocupa com documentação, revisões e seguro.
Esse tipo de locação, que vai de um a três anos e deixa nas mãos do consumidor só os gastos com combustível e multas, vai representar fatia importante dos negócios do setor.
Introduzido por locadoras, o serviço era tratado como aluguel de longo prazo, similar ao leasing. A partir de meados de 2020, as montadoras entraram no ramo e adotaram o termo assinatura por incluir no contrato a maior parte dos custos com o veículo, como seguro, manutenção e impostos.
Sete marcas – Audi, Caoa, Fiat, Jeep, Nissan, Renault e Volkswagen – lançaram programas. Assim como o serviço de streaming, que tem pacotes diferenciados, o preço da assinatura do carro depende do modelo, prazo de contrato (de um a três anos) e quilometragem mensal.
Para Ricardo Bacellar, da KPMG no Brasil, o serviço de assinatura no País ainda passará por fase aprendizagem de montadoras e consumidores. “A oferta tem de ser sedutora o suficiente para atrair o cliente.”
Em sua visão, o que tem no mercado ainda não é muito atrativo para o comprador de carros mais baratos. Ele acredita, por outro lado, que a assinatura pode “abrir uma porteira para a retomada da produção”, pois é crescente o número de pessoas que não quer mais a posse do automóvel, e sim o uso. Ele também vê a modalidade como uma janela para maior introdução de carros elétricos no País.