A Anfape – Associação Nacional dos Fabricantes e Comercializadores de Autopeças para o Mercado de Reposição – realizou na abertura da Automec 2023, no dia 25, um encontro sobre a certificação de conformidade em peças de colisão. “A referência técnica garantida com o selo de certificação dará segurança e autonomia para os fornecedores e clientes. Isso é extremamente importante para o mercado”, declarou Renato Aires Fonseca, presidente da entidade.
Ele ressaltou que a falta de uma referência técnica que distingue a qualidade de uma peça de reposição em relação a outra similar prejudica os reparadores e consumidores e dificulta o acesso a alternativas seguras à peça original. Segundo Fonseca, o mercado dos Estados Unidos e de países da Europa já atuam com a certificação.
Além do presidente da Anfape, participaram do evento Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Brasil, Amanda Strumiello, coordenadora Técnica de Certificação de Produtos da Intertek Brasil, e Adhemar Fujii, representante da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Fiola lembra que a certificação está em discussão há muito tempo e vem ao encontro do movimento internacional Right to Repair, o qual vem ganhando força no Brasil com o intuito de garantir o direito da livre escolha do reparo do veículo.
Esse movimento reúne diversas entidades do setor, como o Sindirepa Brasil, Anfape, Sincopeças Brasil e Conarem, formando a Aliança do Aftermarket Automotivo. “Iniciamos esse ciclo de tratativas para a certificação das peças em 2007 para valorizar os produtos dos fornecedores e aumentar a oferta para os clientes”, disse Fonseca.
“A certificação é necessária, para o desenvolvimento da reposição e para que as oficinas tenham acesso às informações técnicas para poderem fazer os serviços nos veículos”, salienta Antonio Fiola. Ele destaca que a certificação estabelece padrões de qualidade para as peças de reposição.
Amanda Strumiello, coordenadora Técnica de Certificação da Intertek Brasil, explicou o passo a passo do processo de certificação. Ela disse que os ensaios iniciais feitos em laboratórios reconhecidos pelo Inmetro devem comprovar que o modelo ou a família do produto objeto da certificação atendem os requisitos definidos na base normativa daquele produto.
“A quantidade de amostras será definida de acordo com a base normativa e elas serão selecionadas aleatoriamente antes do envio ao laboratório, com o objetivo de garantir a transparência de todo o processo”, explicou Amanda.
