Fechar ruas para o trânsito, proibir carros a gasolina depois de 2030, cobrar pedágio urbano, criar ciclovias, adotar políticas em que tudo o que você precisa está a 15 minutos de caminhada são ferramentas poderosas, mas parecem brincadeira de criança diante de um projeto chinês que simplesmente suprime o automóvel numa ilha em Chengdu, a capital da província de Sichuan, conhecida por abrigar as reservas de pandas gigantes no sudoeste da China.
O projeto da cidade sem carro em Chengdu foi vencido por um dos mais famosos escritórios de arquitetura do mundo, o holandês OMA (iniciais de Office for Metropolitan Architecture).
A área que o OMA vai fazer a cidade sem carro tem 4,6 quilômetros quadrados, o equivalente a 400 hectares ou 370 campos de futebol. É um espaço de ciência e alta tecnologia. Lá serão construídos 6 conjuntos de prédios para as seguintes funções: universidade, moradia, laboratórios, mercado, espaço público e prédios governamentais.
Como se trata de uma área relativamente pequena para os padrões chineses, não é uma divisão similar à de Brasília, com áreas reservadas para moradia, comércio, diversão e embaixadas. Tudo está a 10 minutos de distância, a pé. Quem preferir pode usar bondes elétricos. A população planejada é de 22.000 habitantes, mas a área deve receber diariamente 90.000 pessoas.