CNC revisa para cima projeção de vendas no varejo em 2021 -

CNC revisa para cima projeção de vendas no varejo em 2021

Retomada do auxílio emergencial e maior circulação de consumidores provocaram avanço de 1,8% no volume de vendas, em abril. Controle da pandemia será fundamental para assegurar cenário positivo no segundo semestre. CNC revisou de +3,3% para +3,9% projeção para 2021

O avanço de 1,8% no comércio varejista apontado pelo IBGE fez com que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisse suas previsões para o setor.

A Confederação estima que, ao contrário da primeira versão do auxílio emergencial quando 35,4% (R$ 103,8 bilhões) dos recursos sacados pela população se destinaram ao consumo no varejo, na versão 2021 do auxílio emergencial, 31,2% (R$ 12,75 bilhões) deverão chegar aos caixas do varejo. O menor impacto proporcional do programa se deve ao aumento do endividamento da população durante o primeiro trimestre de 2021, quando o auxílio foi interrompido. Além do auxílio emergencial, a maior circulação de consumidores em relação a março contribuiu para reativar as vendas. Segundo acompanhamento do Google Mobility, o pior mês do varejo brasileiro (abril de 2020) coincidiu com a queda na circulação de consumidores em áreas comerciais. Com a redução de 58% na concentração de consumidores em relação ao período pré-pandemia, as vendas encolheram 18,8% ante março do ano passado. A partir de maio e ao longo do segundo semestre do ano passado, as vendas acompanharam a tendência da queda no isolamento social da população, voltando a regredir nos três primeiros meses deste ano. Embora a circulação de consumidores ainda não tenha voltado ao “normal” em relação a março, houve aumento de 8,4% na presença de consumidores em áreas comerciais.

A tendência é de que as vendas sigam, portanto, reagindo primordialmente à evolução do isolamento social, o que, por sua vez, depende do avanço da imunização da população minimizando as chances de novos decretos restritivos à atividade comercial – cenário mais provável na segunda metade do ano. Neste contexto, a CNC revisou de +3,3% para +3,9% sua previsão para a variação do volume de vendas do comércio varejista em 2021. Confirmada essa previsão, o setor registraria seu maior avanço anual desde 2013 (+4,3%).


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De acordo com o balanço divulgado pela Anfavea, a produção no primeiro trimestre de 2021 registrou 597,8 mil unidades, 197 mil delas em março, melhor mês do ano. Foi um desempenho 2% superior ao do primeiro trimestre de 2020, em grande parte impulsionado pelos resultados de caminhões e comerciais leves.