Ponderadas questões como incentivos fiscais, estratégia de construção de marca junto aos consumidores e, acima de tudo, a consciência social (lembrando que nenhuma das três motivações exclui outras, pelo contrário, se complementam), há uma última barreira a ser ultrapassada: a escolha da instituição.
Por se constituir em uma das nações mais desiguais do mundo, o Brasil possui – em cada uma de suas cidades, das mais ricas, como São Paulo, até seus rincões mais profundos – infinitas lacunas a serem preenchidas no aspecto social.
Saúde, educação, alimentação, cultura, direitos humanos, crianças, idosos, mulheres, órfãos, doentes… A partir do momento em que decide ajudar o próximo por meio de uma instituição filantrópica, o doador se vê diante de diversas áreas e públicos para escolher o destinatário.
O primeiro passo, portanto, é selecionar a área e o público com que a empresa tem mais afinidade e empatia. O segundo, de acordo com o Instituto Ronald McDonald – entidade filantrópica especializada no auxílio de crianças e adolescentes com câncer – é conhecer a história de cada uma das instituições pesquisadas e que se encaixam na área e no público-alvo previamente escolhido. “Como foram criadas? Desde quando funcionam? Onde atuam? Quem são os fundadores e qual a trajetória deles? De que forma trabalham? O que fazem na prática? Qual tem sido o impacto real de suas ações a favor da causa?”, detalha o instituto em sua cartilha.
Outra questão importante é a transparência e o compromisso. Em geral, instituições confiáveis tornam públicos seus relatórios de atividades – por meio dos quais se pode acompanhar as realizações e os projetos resultantes das doações.
Após dar os três passos iniciais, é fundamental fazer uma visita pessoalmente a fim de checar se a impressão teórica inicial se confirma, bem como observar sua reação emocional no contato com o ambiente da instituição.