Concessionárias trocam peças originais por genuínas -

Concessionárias trocam peças originais por genuínas

Períodos de retração nas vendas de carros 0 km tradicionalmente fazem crescer o interesse das concessionárias pelas áreas de oficinas e autopeças. Não foi diferente com a recente recessão brasileira, a maior da história do país.

Mais uma vez as autorizadas têm voltado atenções para o pós-venda. Foi o que expôs Marcelo Cyrino, vice-presidente da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores durante o painel dedicado ao mercado de reposição do 5º Fórum IQA. “A gente traz como lição a crise norte-americana de 2008, quando as concessionárias se viram na obrigação de buscar o equilíbrio das contas através dos setores de peças e serviços. No Brasil hoje ganham corpo as estratégias para atrair clientes para as oficinas, entre elas o uso de peças genuínas, coisa que as montadoras não gostam de ouvir. Mas é fato que a peça original – e não vou entrar no mérito da qualidade, até acho que tem durabilidade superior – tem custo muito diferente da peça genuína, que atende o consumidor atual. Isso tem relevância tal que muitas redes já estão entrando com ações para poder, através do uso de peças genuínas, atrair mais clientes, principalmente para veículos com mais de três anos de idade”.

Cyrino pontua que nessa faixa etária o índice de veículos que frequentam as oficinas das concessionárias está na casa dos 5%. “A tendência é que esse percentual aumente. Por outro lado, estimamos um crescimento de dois dígitos no mercado brasileiro de veículos em 2018, o que favorece também as indústrias de autopeças no que diz respeito à fabricação dos carros novos que, por sua vez, vão tomar espaço de automóveis usados que estavam recorrendo à manutenção nas oficinas”.


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