O ânimo do consumidor brasileiro melhorou em junho, segundo o Índice Nacional de Confiança (INC) elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Na comparação com maio, o indicador avançou 2%, aos 101 pontos, voltando ao nível otimista – acima dos 100 pontos em uma escala de zero a 200.
Esse resultado interrompeu uma sequência de quatro quedas mensais consecutivas. A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.700 famílias residentes em capitais e cidades do interior do país.
Segundo a ACSP, melhorou a percepção das famílias em relação às finanças pessoais atuais e futuras. Também houve melhora na percepção dos consumidores sobre a segurança no emprego e a respeito das condições econômicas do país.
De acordo com Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, “o crescimento da ocupação e o aumento da renda das famílias em meio ao contexto de desaceleração da inflação parecem ser as causas da melhora generalizada da confiança do consumidor.”
Essa melhora geral da confiança, contudo, segundo Ruiz de Gamboa, não foi suficiente para alterar os subíndices que mostram a disposição do brasileiro de mudar seus hábitos de consumo. Na variação mensal, não houve alteração significativa na disposição para realizar investimentos ou comprar itens de maior valor, como eletrodomésticos, carros e imóveis.
Por região, o INC mostra aumento da confiança em quatro das cinco regiões. Apenas no Nordeste o índice ficou estável. No recorte por classes socioeconômicas, houve aumento generalizado em todas as classes.
Na comparação com junho de 2022, a alta do INC foi de 11%.
