O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), recuou 1% em maio, na comparação com abril, atingindo 99 pontos, o que colocou o indicador na zona do pessimismo (abaixo dos 100 pontos). Na comparação com maio de 2024, o ICCP caiu 2%.
Segundo a ACSP, quedas no indicador de confiança mostram que o consumidor está menos disposto a adquirir itens de maior valor, como bens duráveis.
No recorte por classes socioeconômicas, o indicador apresentou resultados mistos, com aumento de confiança entre as famílias das classes DE e redução para aquelas das classes AB e C.
Houve piora na percepção das famílias paulistas em relação à situação financeira atual, com destaque para a diminuição na segurança no emprego e, em menor medida, das expectativas em relação à renda e ao mercado de trabalho.
Cidade de São Paulo – Por sua vez, o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 91 pontos em maio, mantendo-se estável em relação a abril e apresentando recuo interanual de 2,2%.
Com relação à evolução da confiança dos consumidores paulistanos distribuídos por classes socioeconômicas, os resultados também foram mistos: houve redução na confiança entre as famílias pertencentes às classes AB e DE, e aumento da confiança entre as famílias da classe C.
Observou-se piora na percepção sobre a situação atual, especialmente em relação à segurança no emprego. As expectativas de emprego e renda também se deterioraram.
“Apesar de o estado e a cidade de São Paulo serem os maiores geradores de empregos formais, a aceleração da inflação, em um contexto de elevado grau de endividamento das famílias e juros altos, continua a deixar os consumidores paulistas e paulistanos cautelosos na hora de comprar, mantendo os índices no campo pessimista”, diz Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
