O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), divulgado pela Associação Comercial de São Paulo, alcançou, em janeiro, 100 pontos, recuando 1,0% em relação a dezembro e 9,0% na comparação com igual mês de 2024.
A redução mensal levou o ICCP do campo otimista (acima de 100 pontos) para o campo neutro (igual a 100 pontos).
No recorte por classes socioeconômicas, o ICCP continuou mostrando resultados heterogêneos, com aumento de confiança para as famílias das classes AB, redução para aquelas pertencentes à C e estabilidade para as classes DE.
Houve piora generalizada da percepção das famílias, principalmente em relação à situação financeira atual e deterioração mais moderada das expectativas sobre renda e emprego, com melhora da segurança no emprego.
A deterioração da percepção sobre a situação financeira atual resultou em menores propensões a comprar bens duráveis, tais como geladeira e fogão, e itens de maior valor, como carro e casa. Na contramão, aumentou a disposição para realizar investimentos.
CAPITAL
Por sua vez, o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 93 pontos em janeiro, diminuindo 1,1% em relação a dezembro e 5,1% em termos interanuais. O ICCSP permanece no campo pessimista (abaixo de 100 pontos).
Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, “os sinais de desaquecimento da atividade econômica, que começam a refletir na menor geração de empregos, além da aceleração da inflação, com destaque para os aumentos de preços de produtos básicos, tais como alimentos e bebidas, num contexto de elevado grau de endividamento das famílias e juros altos, tendem a deixar os consumidores paulistas e paulistanos mais cautelosos na hora de comprar.”
