Confiança do empresário paulistano regride por mais um mês -

Confiança do empresário paulistano regride por mais um mês

O ritmo lento da vacinação, a continuidade das medidas de restrição à circulação e o cenário ainda incerto da economia fazem com que a confiança do empresariado da cidade de São Paulo esteja em queda livre

FecomercioSP

O ritmo lento da vacinação, a continuidade das medidas de restrição à circulação e o cenário ainda incerto da economia fazem com que a confiança do empresariado da cidade de São Paulo esteja em queda livre. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por exemplo, voltou ao patamar de agosto de 2020, fechando o mês de maio em 83,8 pontos – estava em 74,8 naquele mês do ano passado. O número representa uma queda de 6,5% em relação a abril, quando já havia registrado retração de 9%.

Já o Índice de Expansão do Comércio (IEC), que mede a propensão do empresariado a investir, caiu 5,9% em maio, logo após uma queda expressiva de 7,6% em abril. O indicador – que já esteve em 91,6 pontos em março – está em 79,6 pontos hoje, o seu menor nível em sete meses.

Para a Federação, o declínio significativo da confiança do empresariado paulistano se explica também por fatores como a perda do poder de compra das famílias, o número crescente de desempregados e a pressão inflacionária sobre muitos produtos – principalmente de alimentos e bebidas. Diante de tudo isso, a tendência é que eles deixem momentaneamente de investir nos seus negócios, esperando um sinal da retomada econômica.

As quedas são ainda mais expressivas fazendo comparações com maio de 2020, quando, vale dizer, o País já estava mergulhado na crise do covid-19, e via os primeiros impactos negativos atingirem a economia: no caso do ICEC, o patamar atual é 10,6% menor do que naquele mês (93,9 pontos), quando também começou uma queda vertiginosa que se estenderia até junho. Na verdade, o indicador jamais voltou ao nível de abril de 2020 (118,7 pontos), apesar do ensaio de uma recuperação no segundo semestre.

Por sua vez, o IEC encolheu 9% em relação a maio de 2020, quando marcava 87,5 pontos. A curva do indicador é a mesma do ICEC: naquele mês do ano passado, estava em uma queda livre que só voltaria a subir em setembro. A pontuação atual é um retorno àquele nível.



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