Confiança Empresarial medida pela FGV recua em abril -

Confiança Empresarial medida pela FGV recua em abril

A crise de saúde e seu reflexo sobre a economia levaram os índices de confiança a despencar em abril.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) caiu 33,7 pontos em abril, para 55,8 pontos, menor nível da série histórica iniciada em 2001 e 12,2 pontos abaixo do ponto de mínimo anterior, registrado em setembro de 2015 (68 pontos).

Índice de Confiança Empresarial (ICE) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) caiu 33,7 pontos em abril, para 55,8 pontos, menor nível da série histórica iniciada em 2001 e 12,2 pontos abaixo do ponto de mínimo anterior, registrado em setembro de 2015 (68 pontos).

“A crise de saúde e seu reflexo sobre a economia levaram os índices de confiança a despencar em abril. Chama atenção o fato de as expectativas em relação aos três meses seguintes estarem ainda piores do que as avaliações sobre a situação atual, num mês em que o nível de utilização da capacidade na indústria recuou ao menor valor dos últimos 20 anos e em que boa parte dos setores do comércio e de serviços estiveram de portas fechadas. Enquanto houver esta combinação de nível de atividade extremamente baixo e de elevadas incertezas quanto ao futuro, infelizmente, a confiança empresarial continuará muito baixa” afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas do FGV IBRE.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

O índice que retrata a situação corrente dos negócios (ISA-E) recuou 30,4 pontos em abril, para 61,5 pontos, o menor da série histórica, retratando forte insatisfação com o momento atual da economia. O Índice de Expectativas (IE-E) cedeu 36,2 pontos para 51,5 pontos, também o mínimo da série, mostrando pessimismo com relação ao futuro próximo.

Pelo segundo mês consecutivo o IE-E fechou abaixo do ISA-E, resultado influenciado por previsões muito pessimistas para os próximos três meses. O Indicador de Demanda Prevista (três meses) caiu a 36,9 pontos e o Indicador de Emprego Previsto (idem) recuou a 50,7 pontos. Já o único componente do IE-E que mira no horizonte de seis meses, o Indicador de Expectativas com a Situação dos Negócios, recuou a 59,0 pontos, valor não muito distante do nível do ISA-Empresarial.

A confiança de todos os setores integrantes do ICE despencou em abril. As maiores quedas ocorreram nos setores da Indústria e Serviços e, com recuos de 39,3 e 31,7 pontos, respectivamente, seguidos do Comércio e Construção, com variações negativas de 26,9 e 25,8 pontos. Em todos os setores houve deterioração da situação atual e das expectativas. A maior queda do ISA ocorreu no Comércio (33,5 pts.), e a maior piora nas expectativas, ocorreu na Indústria (46,6 pts.).

confiança recuou em todos os 49 segmentos integrantes do ICE em abril, um número ainda superior aos 40 do mês anterior (82%). Neste mês, todos os segmentos da Indústria e Construção recuaram, se juntando ao Comércio e aos Serviços, que já apresentavam queda de 100% dos segmentos em março.


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