Consumidor brasileiro preserva certo conservadorismo no momento de comprar -

Consumidor brasileiro preserva certo conservadorismo no momento de comprar

Diferente dos chamados países ‘early adopters’, ou seja – cuja tendência da população é adotar novas tendências e tecnologias muito rapidamente, o consumidor brasileiro ainda preserva um certo conservadorismo na hora de fazer suas compras em grande parte dos segmentos varejistas.

De acordo com Ricardo Neves, essa postura conservadora advém primordialmente do fato do consumidor local ainda ter o hábito de tocar e experimentar produtos antes de adquiri-lo.

Além disso, segundo o líder de varejo da PWC no Brasil, contribuem para esse cenário fatores relacionados à precificação e logística.

“Nossa pesquisa revela o incômodo do brasileiro com os custos adicionais embutidos na taxa de entrega do produto, bem como uma ainda alta desconfiança quanto o prazo e a própria entrega ou não da mercadoria”, apontou.

Além das questões mencionadas, ao analisarmos os dados da pesquisa, observamos dada pelo brasileiro ao conhecimento técnico do vendedor do produto.

54% do consumidor local considera fundamental que os vendedores possuam conhecimento profundo dos produtos que vendem.

Os dados revelam que o brasileiro, em geral, ainda busca a validação da opinião de um especialista sobre o produto que irá comprar. Para ele não basta a pesquisa via internet. Mais do que informações, para ele é importante contar com a recomendação de alguém que demonstre conhecimento suficiente para ser uma autoridade no assunto.

Junto da importância dada à preparação do vendedor quanto ao seu conhecimento técnico, o consumidor brasileiro tem elevado seu nível de interesse e valorização – acima dos números globais – quanto aos benefícios trazidos pela implementação de tecnologia no varejo físico.

Enquanto no resto do mundo, 50% dos consumidores desejam maior implementação de métodos de pagamento rápidos e fáceis capazes de evitar a formação de filas, 34% valorizam a disponibilização de um wi-fi com login rápido e simples e 30% anseiam por tecnologias auxiliares (como chatbots) na experiência de compras – no Brasil os percentuais respectivos são de 58%, 43% e 41%.

“Isso mostra que empresas em atuação – ou que querem investir no Brasil – devem aliar a experiência de compra à tecnologia e à qualidade do atendimento. No Brasil, temos diversos casos de varejistas que estão caminhando neste sentido, implementando, por exemplo, chatbots que auxiliam, via inteligência artificial, a jornada on-line de compras de seus consumidores”, analisou Neves.


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