Cultura de inovação: uma jornada transformadora -

Cultura de inovação: uma jornada transformadora

Mudar a cultura e as atitudes dos gestores é sempre um obstáculo a ser vencido em momentos em que a quebra de paradigmas é questão de sobrevivência

Claudio Milan

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Promover a transformação das empresas tradicionais é uma demanda do universo corporativo nestes tempos de inovação acelerada. Como e por onde iniciar esse processo?

No Seminário da Reposição Automotiva, o tema foi tratado por Daniel Ely, vice-presidente executivo e CTO – Chief Transformation Officer  das empresas Randon. “A gente fez muita coisa acontecer. Nos últimos dois anos e meio, declaramos nosso propósito, que é conectar pessoas e riquezas gerando prosperidade”.

Conforme explicou o palestrante, a transformação acontece por meio da própria transformação das pessoas e dos traços de cultura de uma organização. “Quando a gente olha para a inovação nas empresas Randon enxergamos obviamente a inovação em produtos, processos e tecnologia; mas também a inovação organizacional e na cultura, ou seja, não vamos trabalhar mais sozinhos, mas nos conectando a outras empresas e startups, além das próprias tecnologias incubadas dentro da empresa; e agora, recentemente, os serviços, uma plataforma Randon Serviços pensando na solução completa que temos em serviços financeiros”.

Daniel contou que três fatores foram fundamentais para acelerar a transformação das empresas Randon – que ele chamou de tríade da transformação cultural e digital para uma organização tradicional:

1 – RESSIGNIFICAR O CONCEITO DE INOVAÇÃO

“Parece simples, mas para uma empresa mais tradicional esse é um desafio muito grande. Porque significa dizer que a inovação é de todos. Não é mais só de uma área de engenharia ou P&D. Temos inovação no varejo, na distribuição, no serviço, nas áreas administrativas, na experiência do cliente. A inovação tem que ser acessada por todos na organização”.

2 – RESGATAR A ESSÊNCIA DA LIDERANÇA

“Menos gestores e mais líderes. É um processo muito inspiracional, de potencialização do melhor que cada pessoa, cada um dos nossos 14 mil colaboradores, pode entregar para esse projeto. Serve para o aftermarket como um todo. As pessoas que você precisa para fazer o processo de transformação em geral já estão dentro da sua organização. A transformação digital está menos relacionada ao CNPJ e mais aos CPFs. 2% das pessoas de alto potencial impactam em 98% dos resultados”.

3 – DESIGN OU REDESENHO DA ORGANIZAÇÃO

“A organização tem que ser menos dura, mais ágil, menos vertical, menos hierárquica, mais horizontal, mais colaborativa e isso é um grande desafio para as mais tradicionais. Muitos pensam que é até impossível mexer no desenho da organização. As estruturas nesse mercado em que estamos inseridos precisam de uma nova forma de organização. Mais em redes, mais colaborativa. O modelo piramidal de liderança ou gestão não dá mais vazão. Vamos conviver com ele por um tempo, mas temos que aprender a inspirar pessoas e movimentos e não só comandar pessoas ou processos dentro das empresas. Comandar e controlar exige dez vezes mais esforço que inspirar e influenciar movimentos”.


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