Demanda do consumidor por crédito cresce 0,2% em outubro -

Demanda do consumidor por crédito cresce 0,2% em outubro

Foi o sexto mês seguido de alta do indicador. No acumulado do ano, a procura por crédito registra crescimento de 4,1%

A demanda do consumidor por crédito registrou leve alta de 0,2% entre os meses de setembro e outubro na comparação dos dados dessazonalizados, segundo informou a Boa Vista. Foi o sexto avanço mensal consecutivo. 

No trimestre móvel encerrado em outubro o indicador também ficou no campo positivo e registrou elevação de 2,3% contra o trimestre imediatamente anterior, de maio a julho, na série com ajuste sazonal.  

Na comparação com outubro de 2022, a alta foi de 2,1%, ante um aumento de 1,4% em setembro na mesma base de comparação. Tal resultado contribuiu para acelerar, mesmo que levemente, o ritmo de crescimento do indicador na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, passando de 3,2% em setembro para 3,3% em outubro.  

Já com relação ao acumulado do ano, o desempenho do indicador é melhor, mas continua desacelerando. Até o mês de setembro ele apontava um aumento de 4,4% e agora esse crescimento é de 4,1%. 

A abertura do indicador na comparação mensal mostra alta de 1,1% no segmento “Financeiro” e queda de 0,4% no “Não Financeiro”. Por outro lado, no trimestre móvel encerrado em outubro o segmento “Financeiro” subiu 2,5% e o “Não Financeiro” 2,2% contra o trimestre findo em julho.  

Na comparação interanual as tendências continuam positivas, com alta 2,3% no segmento “Financeiro” e de 1,9% no segmento “Não Financeiro” em outubro. No acumulado do ano o “Financeiro” registra elevação de 10,3% e o “Não Financeiro” aponta queda, ainda que pequena, de 0,1%. 

No acumulado em 12 meses o crescimento do segmento “Financeiro” continua em desaceleração, passando de um aumento de 11,0% em setembro para um avanço de 10,3% na aferição atual. No segmento “Não Financeiro” o indicador novamente conseguiu reduzir seu ritmo de baixa e agora registra variação negativa de 1,5%, ante  queda de 2,2% até o mês de setembro.

“A curva de longo prazo do indicador está andando um pouco mais de lado agora. A demanda no segmento ‘Não-Financeiro’ vem se recuperando aos poucos e depois de três anos de queda deverá encerrar 2023 em alta, até porque há uma expectativa um pouco mais positiva para o varejo nos meses de novembro e dezembro em função da Black Friday e Natal. Já o segmento ‘Financeiro’, que também será importante nas datas especiais de final de ano, continua desacelerando, o que já era esperado depois de dois anos de alta mais forte”, diz Flávio Calife, economista da Boa Vista. 


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O saldo total das carteiras – que apresenta crescimentos significativos de modo contínuo desde 2017 – registrou R$ 321,3 bilhões em setembro deste ano, um aumento de 19,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o valor foi de R$ 269,4 bilhões.