Demanda por crédito cai pelo oitavo mês consecutivo -

Demanda por crédito cai pelo oitavo mês consecutivo

Ritmo da queda diminuiu, o que pode representar que o pior ficou para trás

A demanda por crédito no Brasil registrou queda de 6% em agosto na comparação com os últimos 12 meses. Este é o oitavo mês consecutivo em que a busca por financiamentos encerra em terreno negativo. No período, a maior retração foi no varejo (-15%), seguido por bancos e financeiras (-5%).

O segmento de serviços, que tem um peso menor, obteve crescimento de 47%. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços.

Apesar de ainda em terreno negativo, o INDC registrado em agosto já pode representar um sinal de que o pior ficou para trás, pois em julho a queda registrada chegou a dois dígitos. Ao mesmo tempo, já apresentava melhora na comparação com junho.

Inadimplência reduziu oferta e demanda por crédito

“Viemos de um cenário muito negativo desde o final do ano passado devido à alta inadimplência e o arrefecimento da oferta de crédito. Vimos, por exemplo, os bancos e financeiras se focarem mais em sua própria carteira de clientes do que na busca por novos consumidores. A expectativa, entretanto, é de uma melhora, ainda que conservadora”, explica Natália Heimann, head de produtos Analytics da Neurotech e responsável pelo indicador.

Na comparação mensal, agosto registrou alta de 5% em relação a julho. Por segmento, a demanda por crédito ficou assim: bancos e financeiras (+17%); serviços (+28%) e varejo (-38%). Desde o final do ano passado, o mercado demonstra queda mês a mês com alguns soluços de melhora, como ocorreu em março e maio, julho e agora.

No varejo, o ranking do INDC por segmento em relação a julho, quase todos os segmentos acompanhados apresentaram forte queda. No campo negativo destacaram-se supermercados (-57%), vestuário (-33%) e lojas de departamento (-21%). Eletroeletrônicos não registrou variação e o segmento outros subiu 81%.


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