Demanda reprimida deve alavancar vendas de veículos e autopeças em 2022, diz pesquisa -

Demanda reprimida deve alavancar vendas de veículos e autopeças em 2022, diz pesquisa

Relatório foi divulgado pela EMIS, do Grupo ISI Emerging Market

Segs

Relatório divulgado pela EMIS, do Grupo ISI Emerging Market prevê que as vendas no varejo brasileiro podem crescer 3,8% em 2022, impulsionadas pelo avanço da vacinação.

Lojistas brasileiros estão investindo fortemente na recuperação da demanda e intensificação da competição do setor varejista. O boom das compras online trazido pela pandemia COVID-19 veio para ficar, levando varejistas a ajustar operações e investir em novas tecnologias.

Segundo o relatório, as vendas de veículos automotores, motocicletas e autopeças; construção materiais; e móveis e eletrodomésticos devem registrar as maiores taxas de crescimento em 2021 e 2022, refletindo forte demanda reprimida e maior confiança do consumidor. “Em termos de valor, as vendas no varejo deverão crescer em ritmo mais acelerado, principalmente devido à continuidade das pressões inflacionárias. No entanto, a inflação deve retornar ao intervalo da meta do Banco Central de 2% a 5% em 2022, como resultado da o aperto da política monetária iniciado em março de 2021” , explica o  Research Economist para o Brasil da EMIS, Adriano Morais

Segundo ele, a previsão de base para o setor de bens de consumo e varejo do Brasil é positiva. A EMIS prevê que as vendas no varejo no país devem crescer 3,6% ano a ano em 2021 e mais 3,8% ano a ano em 2022, em volume. “Na versão ampliada, as vendas no varejo são projetadas para aumentar a uma taxa ainda mais rápida graças a uma recuperação da demanda por veículos automotores”, explica.

Principais riscos

De acordo com o relatório, existem três riscos principais para o rebaixamento da previsão de base para 2021-2022. Em primeiro lugar, uma inflação acima do previsto, que reduziria o poder de compra das famílias brasileiras e, subsequentemente, pressionaria a atividade para baixo. Em segundo lugar, um mais nítido, a desvalorização do real frente ao dólar norte-americano, tornando os bens importados mais caros para as famílias, reduzindo assim as vendas. Por fim, uma recuperação retardada da atividade econômica causada, por sua vez, por novos surtos locais de infecções por COVID-19 e uma política monetária mais restritiva do Banco Central visando domar a inflação.

A análise é da EMIS, do Grupo ISI Emerging Markets, que fornece dados de empresas, setores e países nos mercados emergentes.


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