Diretor da Perim é o entrevistado na segunda edição da série "O Varejo pelo varejista" -

Diretor da Perim é o entrevistado na segunda edição da série “O Varejo pelo varejista”

O varejista – Carlos Eduardo de Oliveira, da Auto Peças Perim- São Paulo (SP)

Inaugurada na última edição do Jornal Novo Varejo com o diagnóstico da goiana Bom Preço Autopeças, a série “O varejo pelo varejista” chega a São Paulo trazendo a análise do diretor da Auto Peças Perim, Carlos Eduardo de Oliveira. A loja foi a vencedora do I Prêmio da Qualidade Novo Varejo, com Avaliação Técnica do IQA.

O empresário comenta aqui o estágio de diferentes processos no varejo de autopeças brasileiro, atribuindo-lhes as classificações bom, ruim ou regular. Esta iniciativa do jornal Novo Varejo tem a intenção não apenas de apurar as carências do segmento como um todo no país, mas visa, fundamentalmente, contribuir para sua modernização e para a adoção de uma abordagem mais profissional, enxuta e eficiente. Pois como dizia o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, quem tem o hábito de submeter suas ações e omissões a uma atenta e severa crítica trabalha sempre em prol da própria melhoria e do próprio aperfeiçoamento.

Acompanhe a seguir o que tem a dizer o diretor da Perim, de São Paulo (SP).


O varejista

Carlos Eduardo de Oliveira, da Auto Peças Perim- São Paulo (SP)

 

  • PRECISÃO ADMINISTRATIVA

Em um mercado cada dia mais competitivo em que as empresas têm de minimizar desperdícios para lidar com as dificuldades impostas pelo ambiente, incluindo os efeitos ainda presentes da crise financeira nacional, os varejistas necessitam atingir excelência nesse quesito.

RUIM

“Pouco desenvolvida em nosso mercado. Deveria ser quase uma missão de sobrevivência, ter medições de todas as áreas da empresa, RH, compras, financeiro e outros, já que é fundamental para direcionar esforços e gerenciar toda a operação a fim de que se torne cada vez mais sadia, com processos bem definidos saindo da máxima de nosso mercado compra e preço”.

 

  • PROPAGANDA E MARKETING

As ferramentas de propaganda e marketing são complexas nos dias atuais. É preciso cobrir diversas áreas do espectro midiático e contemplar as variadas ferramentas proporcionadas pela internet.

RUIM

“Todas as ferramentas disponíveis no mercado devem ser mensuradas e utilizadas através de medições de resultados, mas ainda estamos aquém do que poderíamos nos beneficiar nessa área”.

 

  • FERRAMENTAS DE VENDAS

Somente as vendas no varejo físico não são mais suficientes para suprir a demanda da chamada geração millenium de consumidores. É preciso dar cobertura no e-commerce de maneira interativa e eficiente.

BOM

“É um caminho necessário e fundamental para quem quer permanecer atuante e crescer neste mercado, mas acredito que, embora tenha havido avanços, poucos estão explorando”.

 

  • QUALIDADE NO ATENDIMENTO

Iniciar o atendimento no balcão com um sorriso sincero é o primeiro passo para a consumação de uma venda e a fidelização do cliente. Embora a tecnologia venha ganhando importância no varejo, as relações humanas ainda são fundamentais.

BOM

“Isso é o mínimo. Mas, cada vez mais ser um ‘consultor’ das necessidades do cliente aliado à confiança e segurança na venda e no pós-venda tendem a ter mais peso na decisão de compra – acima do fator preço – para conquistar a fidelização do cliente”.

 

  • TRABALHO EM EQUIPE

A integração de todos os setores da empresa e o controle do turnover de funcionários são indispensáveis para a consolidação da identidade de um varejo. É preciso esforço conjunto contínuo para criar a tão falada cultura empresarial positiva.

RUIM

“Reter talentos requer um esforço continuo, política de cargos e salários clara e oportunidade de melhoria contínua nas condições de trabalho. Tais fatores, aliados a uma seleção criteriosa, amenizam a rotatividade e melhoram a produtividade. É isso que falta um pouco ao nosso setor, a tão falada profissionalização”.

 

  • FOCO NA ESTRATÉGIA

Análises de indicadores como tíquete-médio, áreas da loja mais visitadas, produtos mais vendidos e até vendas por minuto são fatores primordiais para a formulação de estratégias de negócio.

RUIM

“A coleta de dados gerenciais em todas as áreas permite o cruzamento de informações que diminuem o tempo da tomada de decisões, tornando-as mais assertivas e minimizando os erros. Para isso é preciso um investimento robusto em informática, algo que, a meu ver, ainda é baixo em nosso ramo”.

 

  • ANÁLISE DOS CONCORRENTES

Observar os pontos negativos e positivos dos concorrentes pode ser o primeiro passo para uma mudança no próprio negócio. Varejistas precisam estar sempre atentos às novidades do mercado para não ficar para trás.

BOM

“Faz parte da estratégia do nosso mercado e da nossa evolução, e é mais fácil de observar e mensurar. Acredito que estamos em bom nível nesse quesito”.


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