Em 2022, comércio paulista abriu 72,7 mil vagas -

Em 2022, comércio paulista abriu 72,7 mil vagas

O setor supermercadista foi o que mais contratou. Atendente de lojas e funções ligadas à logística estão entre as mais demandadas, de acordo com dados do Caged

Diário do Comércio

O comércio do estado de São Paulo abriu 72,7 mil vagas com carteira assinada no ano passado, liderado pelo setor supermercadista, com a contratação de 31.355 funcionários.

Os números foram levantados por Fábio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), a partir de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O segundo setor que mais abriu vagas foi o de material de construção (10.653), seguido pelo de utilidades domésticas (8.989), vestuário e calçados (8.558) e farmácias e perfumarias (5.967).

De dez principais setores do comércio, somente o de móveis e eletrodomésticos fechou mais vagas do que abriu (-3.415) no ano passado.

O comércio automotivo abriu 5.603 postos de trabalho, o de combustíveis e lubrificantes, 2.260, o de livrarias e papelarias, 1.513, e o de informática e comunicação, 1.222.

Apesar de positivo, o número de vagas abertas pelo comércio paulista no ano passado é praticamente a metade do registrado em 2021 (122.140).

“Após as demissões realizadas na fase mais crítica da pandemia, as recontratações voltaram com a retomada do varejo, provocando um efeito reboque em 2021”, afirma Bentes.

Em apenas quatro meses, de março a junho de 2020, o comércio paulista fechou 115.421 vagas, voltando a contratar nos meses seguintes.

Ainda assim, o comércio do estado de São Paulo terminou o ano de 2020 com 30.934 vagas fechadas, de acordo com dados do Caged.

O varejo paulista emprega aproximadamente 2,7 milhões de pessoas, o que representa cerca de 30% do total do país, algo perto de 8 milhões de trabalhadores.

“Com inflação e juros altos, o consumo tende a se concentrar em produtos essenciais, o que explica um aumento maior de contratações no setor de supermercados”, afirma Bentes.

As condições de consumo, diz ele, ficaram deterioradas com a pandemia e a pressão sobre os preços e o varejo de alimentos se transformou numa atividade mais segura.

“Mesmo na crise, as pessoas precisam se alimentar e cuidar da saúde. Por isso, supermercados e farmácias estão espalhados por todo o país.”

CIDADE

O município de São Paulo foi o que mais gerou mais vagas no comércio paulista no ano passado, 21.170, quase 30% das registradas no Estado.

No interior, quem se destaca é Sorocaba, com 2.636 vagas, seguida por Mogi das Cruzes (1.291), Piracicaba (1.151), Praia Grande (1.038), Hortolândia (921) e Americana (835).

Em Sorocaba, novas lojas foram inauguradas no Shopping Cidade Sorocaba. Em Praia Grande, está prestes a ser inaugurado o Pátio Aviação, com pouco mais de 30 lojas.

Para Marcos Hirai, sócio fundador do NDEV (Núcleo de Desenvolvimento de Expansões Varejistas), são os “atacarejos” que lideram em expansão e contratações no varejo.

De acordo com ele, existe uma corrida entre os grandes players do setor para chegar primeiro em bairros de São Paulo e em cidades do interior.

PROFISSÕES

A profissão que mais gerou vagas no comércio paulista no ano passado foi a de atendente de lojas e mercados (19.584).

Na segunda colocação vem a de alimentador de linha de produção (3.462), seguida de estoquista (3.211), auxiliar nos serviços de alimentação (3.006) e auxiliar de logística (2.000).

“O grande destaque de contratações no ano passado foi a área de logística. Houve uma mudança no perfil de vagas no varejo, privilegiando funções para operação de e-commerce.”


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