Em junho, vendas no varejo caem 1,6%, diz Cielo -

Em junho, vendas no varejo caem 1,6%, diz Cielo

Após estabilidade em maio, resultado só não foi mais negativo porque segmentos presenteáveis ligados ao Dia dos Namorados registraram alta
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O faturamento do Varejo em junho caiu 1,6%, descontada a
inflação, em comparação com o mesmo mês de 2023, de acordo com o Índice Cielo do
Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas
observadas pelo varejista e embutem a inflação, houve alta de 2,8%.
Os três macrossetores – Bens Duráveis e Semiduráveis, Bens Não Duráveis e Serviços –
registraram queda. No caso de Bens Duráveis e Semiduráveis (-3,0%), o segmento que
mais impactou o resultado foi Vestuário e Artigos Esportivos. No caso de Bens Não
Duráveis (-1,3%), o desempenho de Livrarias e Papelarias foi o que mais pesou para a baixa.
Estética e Cabeleireiros foi o segmento que mais prejudicou o macrossetor de Serviços (-
1,0%).
Houve, porém, crescimento em segmentos vinculados ao Dia dos Namorados,
comemorado no dia 12 de junho, tais como Óticas e Joalherias, Varejo Alimentício
Especializado e Recreação e Lazer. O calendário também suavizou o resultado porque em
2024 não houve feriado de Corpus Christi em junho (diferente de 2023). Com isso o mês
contou com um dia útil a mais que no ano passado.
“Assim como o Dia das Mães representou um alento para o Varejo no mês de maio, em
junho foi a vez do Dia dos Namorados desempenhar esse papel. O resultado dos
chamados segmentos presenteáveis não foi suficiente para estancar a queda do
faturamento em geral, mas a data amenizou resultado que seria ainda mais negativo”,
afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

Em termos nominais, ou seja, que refletem a receita observada pelo varejista, o ecommerce cresceu 6,9% em junho no país. Já as vendas presenciais cresceram 1,8% em
relação ao mesmo mês de 2023.


E-COMMERCE E VENDAS PRESENCIAIS
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE,
registrou alta de 0,39% para o mês de junho. Segundo o instituto, o principal impacto de
alta veio do reajuste de preços dos alimentos.
Ao ponderar o IPCA e o IPCA-15 pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo
ampliado acumulada em 12 meses em junho foi de 4,06%.


INFLAÇÃO
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada
região em relação a junho de 2023 foram: Sul (+0,7%), Sudeste (-0,2%), Norte (-0,6%),
Centro-Oeste (-1,1%) e Nordeste (-1,8%).
Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – e com ajuste de
calendário, os resultados foram: Sul (+5,2%), Sudeste (+4,4%), Norte (+3,6%), Centro Oeste
(+3,2%) e Nordeste (+3,1%).


REGIÕES
As vendas no 2º trimestre de 2024 caíram 1,2%, já descontada a inflação, em relação ao
mesmo trimestre de 2023.

Em termos nominais, houve crescimento: 2,5%.


VENDAS NO 2º TRIMESTRE DE 2024
Já descontada a inflação, as vendas no 1º semestre de 2024 caíram 0,7% relação ao mesmo
semestre em 2023. Houve retração do Varejo em quatro meses do semestre: janeiro,
março, abril e junho.
Em termos nominais, o faturamento do Varejo subiu 3,0% no semestre.


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