As importações de autopeças chegaram a US$ 21,96 bilhões no acumulado até novembro, o que representou alta de 13,3% sobre total de US$ 19,4 bilhões no mesmo período de 2024.
A China está no topo dos países que mais enviaram componentes para o Brasil, com fatia de 18,8% do total desse ano. Foram comprados US$ 4,12 bilhões em componentes automotivos no país asiático, o que representou alta de 16,5% no comparativo interanual.
Com a Argentina no topo, as exportações também cresceram este ano, mas em ritmo menor. A expansão foi de 7,6%, de US$ 7,23 bilhões para US$ 7,79 bilhões.
Com isso, o déficit comercial chegou a US$ 14,2 bilhões, resultado 16,6% superior ao observado no mesmo período de 2024 (US$ 12,15 bilhões), conforme dados divulgados pelo Sindipeças.
Segundo a entidade, as transformações tecnológicas do setor automotivo, caracterizadas por modelos elétricos, maior conectividade e sensorização, intensificaram as necessidades de componentes vindos do exterior.
“Em termos históricos, observa-se que no período entre 2021 e 2025, o valor médio (US$) das importações de autopeças avançou 38% em comparação ao quinquênio que antecedeu à eclosão da crise pandêmica”, informa a entidade.
No caso das exportações, a desaceleração do ritmo de crescimento ao longo deste ano refletiu principalmente os tarifaços impostos pelo presidente Donald Trump em abril e agosto.
Em novembro, por exemplo, as exportações somaram US$ 681,3 milhões, queda de 3,1% frente a igual mês de 2024, puxada pela performance negativa para os Estados Unidos (-32,1%), México (-25,0%) e também a Argentina (-15,3%).
Em relação ao país vizinho, o recuo no mês passado foi pontual, consequência da desaceleração das vendas automotivas por lá. No acumulado do ano, contudo, verifica-se crescimento de 15,2% nas vendas para a Argentina, de US$ 2,5 bilhões para US$ 2,89 bilhões.
O mesmo já não ocorre com os Estados Unidos, que no acumulado até novembro reduziram as compras de autopeças em 13%, de US$ 126 bilhão para US$ 1 bilhão. As exportações para o México também caíram. O índice negativo foi de 19,6%, de US$ 851 milhões para US$ 684,8 milhões.
Importante registrar que em contraste com a queda das exportações em novembro, as importações seguiram em alta. Cresceram 10,9% sobre o mesmo mês de 2024, atingindo US$ 1,9 bilhão.











