Endividamento das famílias bate novo recorde na pandemia -

Endividamento das famílias bate novo recorde na pandemia

Dados divulgados hoje pelo BC mostram que Indicador atingiu 58,5% em abril, no nível mais alto da série histórica, iniciada em janeiro de 2005

Estado de S.Paulo

Dados divulgados nesta terça-feira, 28, pelo Banco Central mostram que, em abril, o endividamento das famílias com o sistema financeiro chegou aos 58,5%. Esse é o maior porcentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas bancárias dividido pela renda das famílias no período de 12 meses. Como incorpora dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE, o porcentual tem certa defasagem. Por isso o resultado divulgado agora é de abril.

Se forem descontadas as dívidas imobiliárias – que geralmente abarcam um montante considerável da renda das famílias – ainda assim o endividamento ficou em níveis elevados, de 36% em abril. O porcentual também é recorde para a série histórica.

Os dados do BC mostram ainda dificuldades para as famílias pagarem as obrigações mensais dos empréstimos e financiamentos bancários. O comprometimento da renda mensal com essas dívidas ficou em 30,5% em abril – mesmo porcentual registrado desde fevereiro deste ano. Em abril do ano passado, estava em 30,4%, mas antes da pandemia do novo coronavírus girava abaixo dos 30%.

Se o financiamento imobiliário for excluído da conta, o comprometimento da renda ficou em 28,0% em abril, ante 27,9% em abril do ano passado.


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