Lideranças das principais entidades de representação do aftermarket automotivo brasileiro se reuniram em vídeo conferência nesta quarta-feira, 15 de abril, para discutir alternativas de sustentação e respaldo às empresas de todos os elos da cadeia de negócios do setor nestes dias de isolamento social e redução drástica da frota de veículos.
O diagnóstico é que, neste momento, o mercado como um todo está sem liquidez. Com as oficinas praticamente vazias, os impactos da redução do consumo de autopeças afetam o trade integralmente.
No caso das indústrias, elo importante nesta cadeia de valor, há o agravante da paralisação da maioria das montadoras que atuam no país, sendo vital o esforço de todos os elos para buscar crédito para a indústria atravessar este período, garantindo assim o abastecimento futuro.
Os participantes do encontro destacaram que o momento, mais do que nunca, é de buscar a união não apenas entre os segmentos do mercado, mas também dentro de cada um destes segmentos. Trata-se de um desafio antigo, mas a crise sem precedentes abre uma possibilidade valiosa para alcançar esse objetivo.
Ao longo da reunião, várias sugestões foram debatidas, mas, para que as ações fossem mais efetivas, o foco foi direcionado a algumas ações emergenciais. Uma delas seria buscar um interlocutor com força suficiente para atuar em nome do mercado de reposição junto ao governo e instituições financeiras com a missão de viabilizar uma linha de crédito mais adequada à realidade das empresas, o que não vem ocorrendo nos bancos privados, que elevaram muito o custo do dinheiro.
De concreto e imediato, as entidades vão iniciar estudos para criação de uma cooperativa de crédito para o setor tendo as empresas como cotistas. E a segunda proposta é criar condições para que o mercado como um todo estabeleça um parcelamento em 6 vezes para toda a cadeia do aftermarket, da indústria ao cliente final.