Entidades do varejo avaliam factibilidade de eventos presenciais ainda em 2021 -

Entidades do varejo avaliam factibilidade de eventos presenciais ainda em 2021

O cenário de incertezas compartilhado por diferentes players do mercado ganha nas diferenças de pontos de vista dos presidentes do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão, e Sincopeças-SP, Heber Carvalho, uma ilustração mais evidente

Lucas Torres

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A diferença sutil de abordagem entre os organizadores de Automec e Autonor já dá, por si só, um indício dos desafios para um consenso em relação à possibilidade da realização de eventos presenciais dessa magnitude em meio às incertezas de 2021. O cenário de incertezas compartilhado por diferentes players do mercado ganha nas diferenças de pontos de vista dos presidentes do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão, e Sincopeças-SP, Heber Carvalho, uma ilustração mais evidente. Para Ranieri, os eventos deverão ocorrer ainda no segundo semestre de 2021 e, mais do que isso, serão fundamentais para as empresas. “E acredito que serão um sucesso. Até porque o setor precisa disso. Vários eventos estão ocorrendo de maneira remota, mas os players todos estão sentindo falta e necessidade de termos um grande encontro presencial. Sobretudo na Automec, em novembro, quase 50% da população deve estar vacinada e, por isso, não vejo por que não realizar a feira”, reflete o representante nacional do segmento. Sobre as preocupações já verbalizadas por parte dos expositores quanto ao momento sanitário do país, o presidente do Sincopeças Brasil vê esta questão com naturalidade, mas reforça que eventuais relutâncias não refletem o sentimento majoritário do mercado. “Estou percebendo uma grande motivação dos empresários. É claro que alguns estão relutantes, principalmente aqueles que perderam entes queridos para a covid. Mas eu acredito que, no fim, tanto a Automec quanto a Autonor serão um sucesso”.

Em linha diversa a Ranieri Leitão, o presidente do SincopeçasSP, Heber Carvalho, diz ver com preocupação a possibilidade de realização das feiras e que, se dependesse de sua decisão, elas não aconteceriam no atual calendário. O dirigente paulista, no entanto, relativizou sua posição ao pontuar que ‘muita coisa pode mudar até o mês de  novembro’. “Se tivéssemos que decidir hoje, entendo que não deveríamos realizar. Porém, até novembro, muita coisa vai mudar, embora percebamos que, com a atual crise sanitária do Estado de São Paulo, do Brasil e do mundo, esses eventos não devem ser realizados. Apesar de, particularmente, ser a favor, temos que nos preocupar com a saúde da população. É um evento para grande público e não vejo razão dele acontecer numa situação como essa que estamos vivendo”, analisa Carvalho. A confl uência entre os dois líderes fi ca por conta de suas avaliações quanto à importância das feiras presenciais – a despeito da colaboração pontual que os eventos remotos têm dado ao setor neste momento pandêmico. “Não dá para comparar, só estamos construindo eventos pela internet pela impossibilidade de ir aos presenciais. A importância do evento presencial para a realização de negócios – e outras coisas mais – é incomparável”, pontua Leitão, corroborado, na sequência, por Heber Carvalho: “A maneira como a Automec é, o contato com o público, com a mercadoria, ver o produto, o lançamento, fica muito frio fazer de forma remota. Por isso entendo que deveria ser realizada presencialmente”


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