A indústria automobilística passa pela maior revolução de sua história com profundas mudanças na mobilidade, veículos autônomos, conectividade e eletrificação da frota.
Fica cada vez mais claro que os desafios de adequação para as empresas que atuam em todos os elos da cadeia de negócios do setor serão imensos. Durante o Fórum IQA, Antonio Megale, presidente da Anfavea, pontuou que o modelo de negócios começa a se modificar desde o conceito da fabricação e propriedade até a distribuição. “Com essa oferta de serviços de mobilidade que hoje é uma grande realidade, a gente se pergunta qual é o futuro da propriedade, se é oferecer carros ou oferecer serviços. É importante que a indústria brasileira fique dentro dessa discussão, já temos reconhecimento internacional, é importante que continuemos tendo papel de protagonismo nos desenvolvimentos”.
Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, adverte para a perspectiva de mais de 200 lançamentos de carros elétricos, de famílias de veículos, no máximo até 2025. “Nosso setor nunca evoluiu com tanta rapidez. Já teremos, talvez daqui a cinco anos, uma produção próxima de 10 ou 12 milhões de veículos por ano no mundo. Isso altera drasticamente o volume de custos do produto elétrico e a sua garantia de confiança de performance. Embora a gente também faça uma defesa de que o Brasil busque inserir o etanol no debate das fontes, não podemos perder de vista que o Brasil será sim caudatário e a ponta de lança nesses assuntos pelo menos nós próximos anos em razão da posição que o país se colocou no mundo até agora, de isolacionismo. É importante que os profissionais do setor entendam e se preparem para essa onda de inovações que virá muito rápida”.
