Famílias paulistanos estão mais inseguras com consumo -

Famílias paulistanos estão mais inseguras com consumo

Famílias endividadas chegam a 60,9% na cidade de São Paulo; inflação, queda na renda e medo do desemprego também diminuem confiança no consumo

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) na cidade de São Paulo caiu 1,1% em março, registrando 73 pontos. A queda interrompe uma sequência de seis meses em alta e se justifica, principalmente, pela postura das pessoas em evitar o consumo neste momento. Tanto é que as variáveis que mais caíram dentro do indicador foram as de Nível de Consumo Atual (-2,2%) e Perspectiva de Consumo (-2,4%), além da queda da Renda Atual (-2,2%).

Em comparação a março de 2020, quando a pandemia chegava ao Brasil, o ICF atual está muito abaixo: -31,2% em relação àquele mês, quando estava em 106,2 pontos.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) aferiu uma queda ainda mais brusca: -2,9% entre fevereiro e março, fechando este mês em 112,9 pontos. A retração foi puxada principalmente pelo desempenho da variável Condições Econômicas Atuais, que ficou em 69,9 pontos – um patamar 4,2% menor do que o de fevereiro. Na comparação com março de 2020, o resultado é ainda pior: -35,8%, já que, naquele mês, estava em 108,8 pontos.

São dados que descrevem o momento das famílias em São Paulo: apreensivos, os consumidores temem perder o emprego, não enxergam melhora possível no horizonte próximo e ainda encontram preços cada vez mais altos quando vão às compras mais básicas. Este cenário não deverá ser modificado enquanto o auxílio emergencial não chegar – a primeira parcela, de R$ 250, deve ser paga em abril –, e as medidas de restrição da abertura de estabelecimentos e do isolamento social não forem amenizadas.


Notícias Relacionadas
Read More

150 mil consumidores na fila de espera para comprar motos

Fabricantes de motocicletas instalados no PIM, Polo Industrial de Manaus, seguem com problemas para manter suas linhas operando normalmente. Além da falta de componentes, que paralisou operações da Honda, dentre outras empresas, no mês passado, as limitações impostas pela segunda onda da Covid-19 impedem uma retomada efetiva do setor.