Fiat concede férias coletivas para parte dos funcionários -

Fiat concede férias coletivas para parte dos funcionários

Auto Indústria

Afalta de componentes, principalmente semicondutores, levou a Fiat a anunciar férias coletivas de 10 dias para parte dos trabalhadores do segundo turno a partir da segunda-feira, 19. A medida abrange 1,9 mil trabalhadores do Polo Automotivo de Betim, MG.

Em nota divulgada nesta quarta-feira, 14, a montadora diz que o objetivo da ação é adaptar o ritmo de produção às condições atuais de volume e regularidade de fornecimento de componentes. “Continuamos em contato e em negociação com nossos fornecedores para normalizar os fluxos de suprimentos”, destaca o comunicado.

A falta de peças e matérias-primas vem afetando o setor automotivo mundialmente e já levou várias montadoras aqui instaladas a reduzir ou paralisar produção. A General Motors, por exemplo, está com as operações da fábrica de Gravataí, RS, suspensas desde 1º de março e só deve retornar em junho.

A planta gaúcha é responsável pela produção da nova geração da linha Onix, modelo que perdeu a liderança do mercado no mês passado justamente por causa da redução da oferta. A Fiat Strada foi o veículo mais comercializado em março, seguido do Hyundai HB-20.

Fontes do mercado informam que a GM brasileira está sendo mais afetada do que outras montadoras locais porque a matriz estadunidense optou por priorizar a produção nos Estados Unidos e Europa, reduzindo a oferta de semicondutores para as demais subsidiárias.

Quem tem levado vantagem no momento é a Stellantis, que reúne Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën. A falta de peças, pelo menos até o momento, não chegou a paralisar a produção de nenhuma de suas fábricas integralmente. Diferente de Betim, a unidade de Goiana, PE,  base produtiva dos modelos da Jeep e da picape Fiat Toro, seguirá em regime normal, acrescenta a Stellantis.

Além da falta de semicondutores, o setor enfrenta dificuldades pelo agravamento da pandemia da Covid-19, que na segunda metade de março paralisou 15 fábricas no País, das quais dez retornaram no início de abril, quatro estão retomando as atividades e uma, a da GM, ainda ficará parada por mais dois meses.


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