Financiamento de veículos atinge maior prazo desde 2011 -

Financiamento de veículos atinge maior prazo desde 2011

Quem financiou um carro em fevereiro negociou o pagamento em 45,9 prestações, em média, segundo dados contabilizados pelo Banco Central. Em dezembro do ano passado e em janeiro deste ano, o parcelamento chegou a ultrapassar 46 vezes.

Nos últimos meses, os financiamentos de veículos por pessoas físicas atingiram prazos que não eram vistos desde 2011. Quem financiou um carro em fevereiro negociou o pagamento em 45,9 prestações, em média, segundo dados contabilizados pelo Banco Central. Em dezembro do ano passado e em janeiro deste ano, o parcelamento chegou a ultrapassar 46 vezes.

A extensão dos financiamentos era uma tendência recente, evidenciada do início da pandemia para cá. “Prazos mais longos têm impacto no valor da parcela mensal paga pelo consumidor e são um ótimo atrativo para vendas”, explica Marcus De Bellis, sócio da AM2, consultoria especializada em varejo automotivo.

“A maior parte dos consumidores, especialmente da base da pirâmide, entende que fazer o valor da parcela caber no orçamento é o mais importante na decisão de compra de um veículo, seja ele novo ou usado”, explica.

Essa folga ganhou relevância no último ano. Com a alta do câmbio, a interrupção da produção em algumas montadoras em função da pandemia e a retomada das vendas no segundo semestre, os preços dos automóveis – novos e usados – aumentou.

Neste cenário, bancos e montadoras têm procurado desenvolver alternativas que facilitem a aquisição – como a chamada “parcela balão”, valor maior pago de uma vez ao fim do contrato –, de modo a reduzir o desembolso inicial e as prestações.

Com o patamar de juros atuais, de 1,53% ao ano, um financiamento de automóvel no valor de R$ 50 mil se traduz em parcelas de R$ 1.816,67 se feito em 36 vezes. Em 48 meses, o custo mensal cai para R$ 1.478,18 e chega a R$ 1.279,49 em 60 prestações. As estimativas são da Calculadora do Cidadão, disponibilizada pelo Banco Central.


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