Frota brasileira segue envelhecendo e anima o aftermarket -

Frota brasileira segue envelhecendo e anima o aftermarket

País comercializou mais de 10 milhões de seminovos e usados em 2024. Dentre eles, ⅓ tinha mais de 13 anos de idade

No primeiro trimestre deste ano, um levantamento realizado pela Jato Dynamics revelou que o preço médio dos carros zero quilômetro vendidos no Brasil alcançou a marca de exorbitantes R$ 151,4 mil.

A alta de 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado ilustra um cenário de aumentos consecutivos que ganhou forte tração no país, sobretudo de 2017 para cá, haja vista que, há sete anos, o preço médio das novas unidades vendidas era de R$ 70,9 mil. Tamanha alta não chegou impune e veio, entre outros fatores, acompanhada de uma aceleração das vendas no mercado de usados e seminovos. O último movimento nesta direção foi registrado pela Fenauto em levantamento que consolidou o volume comercializado destes automóveis entre os meses de janeiro e agosto de 2024.

De acordo com o estudo, as vendas durante os oito primeiros meses do calendário atual alcançaram o volume recorde de 10,2 milhões de unidades, superando em 8,4% o movimento registrado em 2023. Um dos principais sinais indicados por este atual cenário é o de que a idade da frota nacional seguirá aumentando sequencialmente nos próximos anos. Isso porque, além de revelar a existência de um gap significativo de comercialização dos carros usados e seminovos na comparação com os zero quilômetro, ilustrando a dificuldade do país em renovar sua frota, o quadro atual mostra que os chamados ‘velhinhos’ estão em alta.

Para quem atua no aftermarket automotivo independente, essa dinâmica de mercado costuma ser sinônimo de aumento de demanda. Naturalmente, esses automóveis demandam frequência maior de manutenção – se não pela idade em si, pela quilometragem maior que tendem a ter.

Os carros que já ultrapassaram os cinco anos de fabricação não estão mais inseridos na cobertura da garantia oferecida pelas montadoras. Nesta esteira, o presidente do Sindirepa Brasil e do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, afirma que o momento atual é de otimismo em relação à demanda para a reparação e, por conseguinte, para toda a cadeia. Segundo ele, a tendência é que o setor conte com uma demanda bem aquecida tanto pela questão do aumento das vendas de novos e seminovos quanto pelo ponto do envelhecimento da frota.

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