Grupo do mercado de peças automotivas é acusado de sonegar R$ 50 milhões em impostos no DF -

Grupo do mercado de peças automotivas é acusado de sonegar R$ 50 milhões em impostos no DF

Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão do grupo do mercado de peças automotivas Nova Rede Automotiva situadas no DF e GO.

A Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF, por meio da Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária – Cecor/PCDF, deflagrou, na manhã da última quarta-feira (25), a Operação Crassus. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Primeira Vara Criminal de Brasília – DF, em dez residências e sete empresas do grupo do mercado de peças automotivas Nova Rede Automotiva situadas no Distrito Federal e em Goiânia/GO.

A Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária – Dicot/Cecor, com o apoio da Secretaria de Economia do Distrito Federal, apurou um esquema para burlar o ICMS praticado pela Nova Rede Automotiva, que culminou num prejuízo atualizado de, aproximadamente, R$ 50 milhões.

Com o transcorrer das investigações, verificou-se que o grupo empresarial atua de forma ilegal para realizar a supressão de impostos, ilude a fiscalização tributária por meio de omissão de informações, declarações falsas e uso de documento falso. Desde 2013, o grupo desconstitui empresas “estouradas”, devido ao grande passivo tributário e outras dívidas e, em seguida, constitui novas empresas por meio de “laranjas” e/ou “testas de ferro”, a fim de dar continuidade às atividades e blindar o patrimônio. Dessa forma, direciona a persecução fiscal sobre pessoas que não têm condições financeiras para serem executadas. O esquema causa grave prejuízo também a outras empresas, de modo que tramitam pelo menos 116 ações cíveis na justiça do DF contra o grupo.

O cumprimento dos mandados de busca e apreensão, que contou com a participação de Auditores Fiscais da Secretaria de Economia do Distrito Federal, ocorreu nas empresas vinculadas ao grupo criminoso e nas residências dos líderes e reais proprietários da rede empresarial e dos executores e beneficiários do esquema. Além dos crimes fiscais, o grupo também é investigado pelos crimes de organização criminosa e de lavagem de dinheiro.


Notícias Relacionadas