Dizem por aí que os detalhes fazem toda a diferença. Começar um texto assim é meio genérico e disperso, talvez. Mas, tenho um exemplo concreto aqui para ilustrar um pouco melhor a ideia. Entre tantas informações trazidas por mais uma edição do jornal Novo Varejo Automotivo, lá na seção Acontece você vai encontrar uma nota sobre o novo serviço oferecido pela General Motors a partir do sistema de conectividade OnStar. Um detalhe que talvez passasse despercebido em sua leitura. A funcionalidade é, de fato, bastante interessante. Porém, o que merece nossa atenção vai além dela. É o horizonte de possibilidades aberto pela conectividade veicular.
No caso do novo serviço disponível nos automóveis Chevrolet, há um casamento com geolocalização e atendimento por voz em tempo real, tornando o carro uma peça interativa de comunicação e monitoramento. Não deixe de ler. Mas, voltando às possibilidades, os fatos cada vez mais vêm comprovando o crescente acesso das montadoras aos proprietários de veículos proporcionado pela tecnologia e o potencial avanço que isso pode provocar na manutenção veicular. E não se trata aqui do bloqueio de informações combatido hoje no ambiente do Right to Repair e sim de uma comunicação direta com o dono do carro oferecendo, por exemplo, promoções, avisos de revisão, ações de fidelização – enfim, um universo de abordagens que merecem atenção redobrada do Aftermarket Automotivo.
A verdade incontestável é que a velocidade com que a tecnologia avança estabelece crescentes desafios a um mercado que durante décadas foi pouco convidado a revisar práticas em boa parte da disciplinas que envolvem seu dia a dia. Felizmente, as transformações não trazem apenas preocupações.
É óbvio que a tecnologia também está aí para nos proporcionar uma infinidade de benefícios. Voltamos, então, às páginas de mais este Novo Varejo. Nosso destaque de capa aborda uma questão muito sensível para todos os players do Aftermarket Automotivo: o crédito ao consumidor. Vivemos uma sequência de elevação na taxa básica de juros da economia. A medida, que busca conter a inflação, tem várias consequências, entre elas o crescimento da inadimplência e o aperto na concessão de crédito pelas instituições bancárias, especialmente as gigantes tradicionais que dominam o mercado.
O remédio é ela, a tecnologia. Começando pelas fintechs – que, aliás, trazem a tecnologia até no nome –, que vêm desafiando com sucesso postulados agora antiquados que regeram por muito tempo as relações entre clientes e instituições financeiras. É o novo mundo das startups – e tome tecnologia! – que estão aí oferecendo um leque infinito de produtos e serviços para favorecer e fortalecer os pequenos e médios negócios brasileiros. Começamos pelas fintechs e chegamos ao Pix. Essa ferramenta do Banco Central que já é referência internacional de qualidade e eficiência começou aparentemente como mais um meio de pagamento. Hoje, vai se consolidando como uma completa infraestrutura capaz de redesenhar e revolucionar o acesso ao crédito.
Como certa vez disse a própria Chevrolet em seus anúncios publicitários, é a tecnologia a serviço do homem.